Vá lá que não se pretenda explodir os próprios sonhos, dadas razões autodestrutivas da patologia clássica. Contudo querer incluir os sonhos dos demais no processo de punição das culpas acumuladas pela perdição das horas de vida, que jogada fora a cada inútil atitude, isso merece reavaliação desde o princípio das ações, nos campos de batalha.
Daí a notação de ser imbecilidade pura desmanchar os artefatos
letais em volta de si, na máquina da guerra, e espezinhar multidões de outros
seres, inclusive o espaço do Planeta, fustigado nas unhas de horríveis monstros
animais humanos.
Chegar à madrugada do novo ano falando essas coisas de
alemães filosofias deixa transparecer, sem repressão, os sentimentos de
indignidade que invadem as salas em face dos entreveros televisados, no returno
do calendário.
Sem mais nem menos, acendraram ânimos e tomem bombas
israelenses em represália a foguetes explosivos dos palestinos, na Faixa de
Gaza. Fruto disso, juntem-se as mortes da população civil, produzida nos
conflitos anteriores das mesmas gentes.
Acima de conceitos morais, há os ditames da ética para
demonstrar a inutilidade da razão perante as providências dos guerreiros.
“Não importam os motivos da guerra, a paz é mais importante
do que eles”, disse com absoluta propriedade Roberto Carlos. Mas a quem dizer
isso? (há a quem?), conquanto existam tantos interesses por trás das agressões,
os antivalores econômicos, religiosos, políticos, culturais, territoriais, desconhecidos,
etc.
Perguntar a quem, ao vento, Dylan? Quantos canhões ainda
explodirão até que o homem compreenda o condão da verdadeira fraternidade?
Uma mistura de desencanto com impossibilidade, somados alentos
de compaixão pela dor alheia, nos pagos adversários que se embebem de sangue no
chão comum a todos os conflitos..
Prece e sonho flutuam nas mentes pelos ares, neste começo de
tempo... Amar, enfim.
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