Sumir no limbo da solidão e viver contente qual vocação das esferas de que compomos o quadro sideral. Amar, afinal, porquanto outro sentido não restará a todos os bichos e objetos. Adotar o impossível numa espécie de norma de sobrevivência, no entanto ciente de que os laços da matéria foram apenas laços da matéria, rompidos e úteis naquele período quando a humana consciência buscava a porta de sair rumo das estrelas.
Chegar em casa, eis o objetivo das naus nos mares bravios da incoerência. Passo ante passos e a história que faz transcorrer as lutas insanas. E o porquê disso tudo ficará distante aos olhos de quem escolhe as alternativas de repetir os mesmos corredores da Antiguidade Clássica. Enquanto realizavam o roteiro da libertação, eles venderam a alma tantas vezes, a ponto de querer possuir a propriedade de si, sem contudo nem conhecer os meandros da natureza mãe.
Agora desejam a qualquer custo receber donativos da sorte e salvar do inevitável os frutos que hão de colher. Buscam as raízes do que não plantaram. Ou plantaram. Autores reais da criação e do futuro dormem de olhos fixos nos pratos que balança o Destino.