Esse inevitável desejo avassalador à busca de encontrar um pouso que signifique o equilíbrio de entre os dois extremos circunda o tempo lá fora. São gotas enormes de sensações, no entanto envoltas nas lembranças insistentes ativas. Quer-se a qualquer instante rever o coro dos contentes, porém submissos nos vemos aos olhos de uma eternidade definitiva, maior, enquanto perduramos apenas folhas rotas de velhos cedros enegrecidos pelos sonhos. Noutras palavras, vêm e vão sinais ora desconhecidos na fragilidade com que administramos o correr dos deslizamentos aos nossos instintos.
Mesmo assim haveremos de sustentar o enigma formado nas nossas certezas, correr aos céus diante das asas de que dispomos, pois. Secundar enredos elaborados nas sombras, e sermos isto, meros atores de um drama ainda ignorados na distância.
Hoje sermos apenas protagonistas dessa história... Fagulhas de um incêndio monumental... Mínimas partículas do Sol... Romances à luz da Lua... Senhores de algo por demais impossível, vivo nas nossas mãos calejadas e frágeis da consciência. Nesse universo de lembranças acesas, quais vidas dagora em forma de saudade e ausências, alimentamos existências sucessivas a triturar em cinza todos amores deixados no caminho perdido.
Conquanto as nuvens persistam no azul do firmamento, sejamos dotados de valores plenos de argumento, razões cruciais de continuar vivos, mesmo depois de tudo, e secundar no espaço. Sustentemos maiores os justos motivos de chegar às outras dimensões, coautores do absoluto em volta. Com isto, as falas preenchem o transcorrer das criaturas, impondo condições inigualáveis de resistência a qualquer custo.
De tal modo, são meras as solidões em forma de quem procura o destino, neste mar de tantas maravilhas. Uns temem o nada; outros, a determinação de continuar sempre. A vastidão que encobre tudo, o véu da imensidade donde viemos, determinará o significado deste roteiro aonde reunir forças e construír o Ser de que seremos parte.
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