Alguns temas vêm à tona, razões da felicidade, a força dos
sentimentos, sonhos; todavia essa mesma vontade na escolha do que dizer empanca
nos artesanatos e nas costuras do Tempo. Escrever vem disso, de querer a liberdade
rara dos dias sob as determinações e os afazeres da rotina. O pensamento fica
ali tal ave ansiosa à busca das árvores sem querer pousar em nenhuma delas. São
tantas as histórias que vagam pelo firmamento, que nem as palavras as detêm.
Lembro dos dias da infância, dos anseios da adolescência, das contingências da
vida adulta, e nisso o querer sente qual espécie de vertigem de contar e
esquecer, num claro-escuro inesperado, insistente.
Ontem, li alguns dos contos populares do mundo, tais que
revelam a memória dos povos. Sempre há mistérios em andamento no que seja.
Esperança. Susto. No entanto, caçadores de revelações, significados, bem
parecidos com os dias velozes, quando assistimos cenas que passam nas nuvens do
céu e nos deixam pasmos da imaginação que corre pelos carrascais das horas
feita sombras à procura da luz. Isto define a fluidez dos acontecimentos a
envolver tudo em volta. O tanto de possibilidades que o juízo possui, porém no
desejo de conhecer e achar a liberdade tão contada nos livros, nos filmes; os
meios de identificar certa vez a essência de ser eterno, alegre, amável.
As letras oferecem aquilo de que fazemos o sonho. Trabalham
o instinto nas novas possibilidades, nos instantes de paz dos quantos vivem
neste chão e quase nunca desfrutam os meios de chegar ao pomo revelador do
mistério. Vamos assim, tripulantes de naves em voo livre através dos segredos,
individualidades e planos. Entre todos somos um a mais, na noite da sorte,
pois. Só então ver-nos-emos moradores da real transformação que nos espera de
braços abertos nalgum paraíso logo adiante.
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