De dentro de algum lugar vem a vida que se manifesta em tudo. Fragmentos de um Eu eterno vagam livres nos próprios casulos que o somos, a contemplar os mistérios do Chão em volta. São essas afirmações que pedem sentido, no entanto. A todos. esse mesmo dom de ser durante a vida. Unidades que crescem no poder de interpretar as visões descrevem suas existências, dotando-as de significados parciais, enquanto desvendam o pomo da Eternidade e sobrevivem aos deveres primitivos. Vezes sem conta, porém, refletem tão só as limitações dos fenômenos que vivenciam e nisso constroem histórias a desaparecer na voragem dos tempos.
Seres, seres continuados, seres, contudo; marcas deixadas aqui pelo firmamento, nas encostas do Infinito; formas rústicas doutras civilizações, e preenchem de relíquias heranças do passado. Eles, nós, quem o formos, neste limbo da sorte, experimentos dos deuses e frutos de único e supremo Senhor.
Na medida, pois, dessa busca de entendimento perlustram o Tempo e maquinam atividades, guerras, monumentos, quermesses, jornadas em volta do Sol, noites e dias feitos ao sabor das criações pessoais, em que resumir a razão do quanto há durante milênios.
As circunstâncias em face disto motivam adorações nas várias crenças. O imediato perfaz compreensões e traz justificativas de adoração; no gesto de esgotar os tantos conceitos individuais. Ao limite das consciências, depois de cruzados inúmeros caminhos apenas circunstanciais, sob o equilíbrio da Natureza, numa ocasião somar-se-ão forças de recorrer ao Deus Soberano, autor dos céus e da Terra. Espécie de sentimento de frustração com os ídolos particulares, os povos, nessa hora, recorrem ao senso de perfeição que também mora em si.
Bem nisto a caligrafia das vivências humanas, fagulhas de poder, exercício prático de itinerários e dramas perante a História. Até despertar ao momento desses dias claros a isto éramos os deuses e não o sabíamos (Jesus Cristo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário