quinta-feira, 25 de julho de 2024

Baal Schem Tov


O iniciador do Hassidismo, braço místico do Judaísmo, ele, Israel Bem Eliezer, o Baal Schem Tov, de quem pude conhecer mais através do livro Histórias do Rabi, de Martin Buber, foi um místico respeitado e realizador de grandes feitos na Europa do Leste. Nascido em Medzhybizh, Ucrânia22 de maio de 1760, destacou-se como líder religioso, xamã e curandeiro. Dentre suas afirmações consagradas, vale considerar esta: ... antes de orar pela redenção geral, deve-se orar pela salvação pessoal de sua própria alma
 (Wikipédia)

Nesse livro de Martin Buber, existe trecho que ora transcrevo, na intenção de considerar alguma das características de Baal Schem Tov, a saber:

A imagem. Certa vez o Baal Schem convocou Samael, senhor dos demônios, para tratar de um assunto importante. Ele o intimou: - Como ousas convocar a mim? Até agora isto só me aconteceu três vezes: Na hora junto à Árvore, na hora do bezerro e na hora da destruição do Templo. – Baal Schem mandou os discípulos descobrir a testa. E Samael viu em cada fronte o sinal da imagem pela qual Deus cria o homem. Fez o que lhe exigiam. E antes de se ir, disse: - Filhos do Deus vivo, permitam ficar mais um pouco ainda e contemplar vossas frontes. Editora Perspectiva, São Paulo SP (1995), pág. 120

Dado a situações transcendentes, o Rabi nos apresenta percepções por demais inesperadas do ponto de vista comum, oferecendo lição de extrema profundidade quanto aos valores espirituais, tais esse momento acima. Quer-se crer a importância de avaliar o nível do personagem convocado pelo Mestre, dado seu poder e conhecimento.

O que, no entanto, melhor chama a minha atenção nesse pequeno episódio fica por conta do poder da Consciência que os seres humanos trazem consigo, muitos que insistem ignorar, contudo. Isso em vista do império da virtude que os faz dignos da imensidão de, lá um dia, serem salvos em definitivo, graças ao sinete Celeste que já carregam consigo na própria fronte.


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