Depois de tudo, os instrumentos aceleraram o processo da comunicação entre os seres a ponto de existir muito mais do além sob o manto sórdido da artificialidade, no entanto possível sendo achar criaturas que conspiram a favor do Bem e da Verdade maior por meio dos celulares, das transmissões virtuais e dos discos abstratos. A tanto foram noites e noites de angústia ao som dos rocks da pesada transmitidos aos planetas distantes, ecos das ansiedades e do desespero contido nas bocas. Heróis do silêncio que viajaram entre as teclas dos computadores e mergulharam entre os tubarões sequiosos de sangue e desalinhados na dor dos aventureiros de plantão.
Perguntar, pois, donde vêm os novos tempos seria o tanto suficiente de consultar os oráculos dos céus de pedir orientação de quais portas abrir pelos corredores da imaginação. Quais dúvidas de que seja dessa maneira a fórmula mágica da Salvação; viver, observar os movimentos das sombras ao fundo da caverna e deixar de lado métodos antigos de sobrevivência e paixão. Admitir que a hora chegou e somos os parceiros do desconhecido diante das horas inacabadas. Peças do próprio destino à busca de saber a razão de seguir adiante, independente de toda e qualquer limitação. Seres de luz à busca de si mesmos, eis o que somos e do que seremos ao final dos limites do Sol.