A alegria envolve os finais de tarde pelas encostas da Serra. Cores fortes do Poente querem significar algo nesse fluir das gerações, espécie do que se foi, no entanto aqui permaneceu. Os morcegos apressados em seus voos quais notas musicais entrecortadas de asas e riscos pelos céus de certeza querem contar algumas histórias mantidas no transcorrer de tudo. Tais centros de si, denotam conhecer dos mistérios e escrevem, no vazio das horas, essa compreensão da vida a seu estilo.
Entrementes, chega forte a ideia das criaturas e seus próprios centros a elas concedidos nesse Universo. Parcelas em movimento, porém calmos em essência, e quem gira são os demais entes em volta. Aqui existe a inércia no coração dos objetos e seres, contudo. Disso Lairton sabiamente diz que a Terra não gira; quem gira é o Cosmos em torno de nós. Quer-se crer doutra maneira de avaliação. Apenas pontos de vista donde imaginar o Tempo, versões, meras versões do jeito de ver e compreender individual.
Em qual dos lados do espelho nos enxergamos? Se nasce, é o Sol; ele mesmo que some lá depois. Enquanto isso, aqui permanecem as aves atentas dos finais de tarde nas suas evoluções mirabolantes, a festejar outras noites que chegam e desaparecem na escuridão das madrugadas. Houvesse, nítido, um sentido de observação e colheríamos da totalidade um único Ser. Notas, pois, desta harmonia, somos minúsculas sensações de um corpo em constante mudança no Infinito das horas da existência.
Dentro da gente a força viva que transportamos e nos transporta, a contemplar as galáxias e os anseios, buscas incessantes, justos motivos de aceitar que existimos entre realidades e sonhos. A ler nas entrelinhas as folhas abertas do firmamento nos séculos além, nisto tão só o que sentimos do quanto há pelo espaço e logo adormece de vez nos braços do silêncio.
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