quarta-feira, 24 de julho de 2024

Desordem no caos

 

Sempre que me deparo com essas notícias falando de voos espaciais fico de orelha em pé, a lembrar do que falta fazer no mundo e dos limitados recursos que existem, vindos da única fonte, a Natureza, mãe comum de toda a humanidade, destinados a tanta coisa inútil e perdida. Os donos do poder determinam as prioridades em termos dos gastos desses recursos... Deles, que se apropriam dos bens de produção nesse quadro, resulta o panorama do Globo, a decantada ordem mundial transformada num poço de problemas sem solução, desigualdade e desavenças, no entanto o único dos mundos, pois só dele dispomos a fim realizar as existências, gemendo ou chorando, cantando ou rindo.

A cena também indica outros fatores da desigualdade, na hora em que os poderosos desenvolvem seus projetos de conhecer a consistência dos outros planetas do sistema solar, e as populações padecem. Cá no chão, a fome se alastra a olhos vistos através dos mecanismos de manipulação estabelecidos por força da tecnologia. Economias, finanças, políticas, não partilham das intenções sociais. Seres da mesma raça se encastelam e escravizam seus pares.

Lá do reino da ilusão, os meios de massa trabalham forte no sentido de neutralizar a impressão deixada pela festa do caos generalizado. As periferias dormem, todavia sabendo de tudo por causa do redemoinho que se propaga no vento. Nisso, a civilização do prazer material em que nos transformaram reclama providências.

Dentre os itens principais do consumo se veem sintomas provisórios dos dias atuais: drogas, armas, luxo, bebidas, medicamentos, pornografia, prazer, dor, prazer, desequilíbrio, fanatismo, violência, terrorismo, de grupo, de estado, ansiedade...

Muita gente balança a cabeça quando se fala em mudar. Porquanto espera cair do céu renovação. Imagina esperar mais um pouco para realizar em si a transformação, motivo das grandes possibilidades que restam. Permanece impassível frente aos monarcas e televisão, na expectativa dos sonhos bons virarem ordem, esquecida do essencial que nascerá de cada ser pelo trabalho da Consciência. A seguir desse modo, quem dirá aos reis da Terra de sua nudez?

(Ilustração: Dragão, mitologia).

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