terça-feira, 30 de abril de 2024

As próximas palavras


Nesses tempos dagora, cercados de tudo que são notícias vindas dos confins da Terra, vive-se a mais total solidão. Causa espanto saber do sofrimento de quantos, alheios qual sendo doutro mundo. Na primeira impressão, seriam novas produções da indústria cinematográfica, contudo nelas estão as gerações, indiscriminadamente. O que fazer, no entanto?

Nossos ídolos somem dia após dia. Os meios de propagação das artes quase desapareceram, no âmbito da velocidade dos acontecimentos. Mas assim há de ser, portanto. Que outro universo senão este? Coexistir durante as eras consta do desafio dos milênios de continuar.

Nisso, o gesto forte das palavras. Querer a todo custo ler do calendário aquilo em que nos vemos absortos, tais tripulantes de uma nave interestelar ainda sem pouso certo. Daí, os mínimos detalhes que tocam o sentimento e as emoções. De novo, as palavras, que buscam dizer do firmamento, das nuvens e dos sóis. Um pouco de cada uma das lendas que prosseguem pelas horas infindáveis. Máquinas que existem e contam na alma o furor das estrelas a todos nós. Quer-se existir, porém diante dos instrumentos que propagam um pensamento rude, selvagem.

Até que nos damos conta do valor das palavras, a quem quer chegar, dizer, unir. Os dramas do passado, esses não mais coexistem. Muitas, tantas, histórias maravilhosas de lições inesquecíveis. Tantas, quantas, belas canções que ainda ecoam no horizonte. Quantos sonhos a céu aberto que vivem soltos pelas conchas da saudade e no desejo daqueles dias abençoados de multidões inteiras.

Registros indeléveis consistem nisto, presenciar e admitir que a grande aventura humana abrirá os braços a todos nas dobras intensas das certezas plenas de esperança e Paz.

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