quarta-feira, 1 de maio de 2024

Sideral


Alguns dos filmes que me aparecem mais recentemente trazem com insistência o tema de final dos tempos, de viagens interplanetárias, naves a céu aberto à procura de estações espaciais, cidades abandonadas, solidão, isolamento, qual quisessem prever o que plantaram no meio deste mundo. Isso porque, enquanto as carências de existir pedem socorro, os maiores apenas fabricam bombas, sofisticam os instrumentos de destruição, dos maiores lucros, de juntar troços a qualquer custo, numa descarada ação gananciosa, tal se vivessem em planetas diferentes daquele que amarguram nas consequências disso.

Numa repetição imbecil, os ditos governantes das superpotências avançam no bolo da Natureza feitos gaviões famintos à busca das presas. As notícias tão só multiplicam as duras ocorrências sertões afora, deixando margem de avaliar limite tal seja dalguma era semelhante ao que falavam os profetas nas suas litanias. Um arcabouço nada abençoado vive pendente no ar. Lucros. Alucinações políticas. Desvarios. Farras. Perversões. Isto ao sabor das limitações humanas vidas e vidas.

Fôssemos tangenciar apenas o quanto ainda padecer das próprias sandices e ver-nos-íamos, sim, nas garras do abismo, porém quero me ver, incontinenti, diante das leis poderosos de uma plena Justiça que a tudo conduz. De acordo ao que mereçam os humanos, assim será, pois. Há um nível coletivo e o nível individual. Quem tiver compromisso haverá de receber seu preço, no devido momento.

Vejo nisto o curso invariável dos acontecimentos. Perante dramas ora devassados, virão os frutos do que seja real e definitivo, sem máscara ou perjúrio. Em nenhum momento fugir-se-á do que escrevemos no transcorrer dos séculos. Eis em que resumo a presença dos dias face a face com as escrituras. Até hoje inexistem meios outros que não sejam de aqui permanecermos e desvendar os mistérios de encontrar os marcos da perfeição através da consciência que todos, sem exceção, trazemos conosco.

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