quinta-feira, 18 de abril de 2024

Nalguma dessas manhãs chuvosas


Quando nem sei direito a que se propõem as letras e as palavras, neste universo já inundado de letras e palavras e de pouco entendimento, a meio das aparentes contradições sigo adiante. São tantas leis, quantas histórias a saber, quantos sons espalhados neste chão, às vezes até silenciosos, que, no entanto, cobertos de interrogações e farpas, o que conta pouco no plano de expectativas, e todos olham os céus, imaginam e dormem astutos e persistentes.

Há ocasiões, quando revejo algum dos livros que carrego desde longe, e quase admito que eles também sabiam o que viria depois e quase nada do que quiseram dizer eu ouvi no percorrer do firmamento. Alimentaram velhos sonhos que ficaram lá atrás, transportados fielmente nas viagens que fiz. Quero, porém, rever as velhas emoções daqueles tempos e apenas refaço, na memória, o percurso dos itinerários, a sete capas, no âmbito da existência. Prosseguem ali pelas estantes quais bichos familiares os quais nunca resolveram fugir, por certo acomodados entre cobertores e fronhas horas a fio. Nisso existem qual entrosamento de regressar a qualquer instante e trazer os jeitos improvisados de viver. Falam disso, gritam mesmo nalgumas ocasiões, outrossim meus instintos, minhas ausências, pedaços de mim em órbita, tais meteoros abandonados, passam apressados.

Quisesse prever o que virá adiante e aceito que algo chegue, decerto,, porquanto do antes é que nascem aqui onde estou, em meio aos escolhos do que resta das poucas virtudes, sem contar as experiências a dizer as lições.

Nenhum comentário:

Postar um comentário