Ele, que em tudo habita. Numa saudade sem igual, percorre o que seja existir agora. Tantos nomes, dentre eles vida, humildade, sabedoria... Daqueles momentos raros onde se viveu a inocência, até nos céus da consciência, ali está, de olhos vendados, cada um, ainda a nascer. Noutras ocasiões, fala nos sonhos, na alegria, na música, no vento que varre o calor, na solidão; afinal, este ser assim persiste. Sem ele nada existiria, nem a inexistência. As palavras contam. O sorriso. A claridade dos dias. As cores. Os pensamentos sagrados. As estrelas. A noite. O Sol. A Lua. O silêncio. Liberto das convenções, vagueia solto nas eras sem fim. Alimenta os famintos. Observa as atitudes humanas diante do Infinito e espera o fluir dos acontecimentos. Qual quem equilibra o Tempo em suas viagens constantes, apenas aguarda o instante exato de exercitar as profecias e tocar em frente o crivo absoluto da Razão.
O passado nos traz até aqui. Demonstra o sentido único de todo
o itinerário dos indivíduos. Reúne detidamente o quanto realizaram as vontades,
nas presenças em movimento. Jamais fugir-se-á de si próprio. Um a um e sua equação
inevitável. Nisso, o princípio universal de que sejam dotados, o sentido único
da exatidão das escolhas, porquanto ninguém foge ao seu destino; do fruto, as
suas ações.
As gentes buscam dizer de uma voz que fala em sentimentos, linguagem
de si harmoniosa, porém articulada de forma suave lá dentro dos corredores das
tantas horas distante, e que chega intacta de lugares sempre ali atuais, de um hoje
eternamente. Nesses recantos sagrados do coração sobrevivem, pois, as mesmas
histórias de onde viemos certa feita. De mundos ideais, contritos, outra vez
construiremos da existência o que desde sempre então haveria de ter sido pela
ciência original de que fomos feitos.
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