Invés de só dotar o correr dos dias dessas insistentes condições sob as quais vemos transcorrer aos olhos montanhas até então inatingíveis, resta aceitar meios outros, e ultrapassar o tempo de chegar ao destino. Isto lembra o conto oriental de um rio que, diante do deserto, se vê face ao desaparecimento. Aflito, ouve de alguém que devesse defrontar as areias, e de novo regressaria. Some ao ser bebido pelo areal, sendo evaporado pelo sol, transformado em nuvens e, outra vez, regressa na chuva e desce nas encostas distantes, lá depois do obstáculo.
Fazer da vida uma história; suster o Infinito nas próprias
pernas. Acreditar nos frutos e nas sementes, ainda que ausentes nessa hora.
Plantar, afinal. Tudo ocorre na medida certa, portanto, qual numa extensão do
quanto existe, existirá. Não há longe, nem impossível, desde o exercício da
Consciência. Colagem sem final, assim persistem os momentos eternos de que
somos feitos.
Às vezes, paro e busco compreender o quanto dizem as
circunstâncias. Em todo detalhe, habitam fórmulas e soluções. Única certeza, a
da continuidade e suas consequências. Inevitável nisso prosseguir, conquanto
Lei soberana ultrapassa o senso individual e coletivo. Fica evidente o poder de
uma justiça maior. Fugir de que e de quem, inexiste, pois. Apenas imaginação.
Essa luz que clareia, a Verdade, significa o princípio original do Universo
inteiro. Ainda que, de comum, ajam os seres, antes deles haver consiste uma
ciência detentora das determinações em andamento. Por isso, a perfeição, única,
exclusiva dos haveres, a Paz.
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