E saber que de lá viemos, que somos esses instrumentos de nós mesmos no decorrer de todo tempo guardado nalgum canto. Horas a fio, séculos que sejam, ver-nos-emos parceiros do único sentimento de permanecer incólumes na face do momento e colher a todo pensamento o que foi plantado nessa longa jornada desaparecida da realidade atual. Quais painel dos tantos dias, reunimos, pelas calçadas dessa história sem fim, a sequência constante das lembranças ora intactas. Foram inúmeros instantes sob os tais avançamos até chegar. Nisto, as portas de achar o tal reduto aonde dirigimos quantos sonhos, seres independentes, numa sequência interminável. Daí, nasceu a história coletiva, soma desses frutos a que fomos determinados plantar no transcorrer da existência sempre original, sempre individual. Poeira do interminável dessas determinações absolutas, tão só nos resta tocar adiante, e viver, pois, o drama da Criação de que fazemos parte.
Em consequência, a Verdade sobrevive à medida em que tudo se
constrói ao sabor dos sentimentos onde depositamos nossos gestos. Vencer o peso
dos instintos. Habitar outro universo de nós mesmos. Usufruir o senso da
perfeição donde viemos certa feita. Porquanto ainda sob o peso da
materialidade, no entanto cientes da certeza de ser coautores da evolução. Assim,
de tanto observar o que resta daquilo situado nesse caudal donde viemos,
transitamos dentro do palco da procura, montados em nosso ser parcial dotado
das marcas profundas do passado.
Desde então, as palavras significam esse valor de querer
dizer, todavia restrito ao poder dos indivíduos e suas fragilidades. Normas do
Destino em movimento, eles ficam sujeitos à fragilidade inevitável do passado
imaginário, isto num território agora não mais existente.
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