Uma de cada vez, as religiões demandam os aspectos originais da simplicidade, levando-as a encontrar novas respostas adequadas a reduzir dificuldades teológicas dos grupos tradicionais. O Zen, por exemplo, mostra o braço místico do Budismo. O Hassidismo, do Judaísmo. Os Padres do Deserto, do Cristianismo católico. O Sufismo, do Islamismo. E assim sucessivamente, através de novas manifestações da mesma fé sem danificar as suas bases fundamentais.
Nisto, um nome se destaca na história do Hassidismo, o do rabi
Israel ben Eliezer, também conhecido por Baal Schem Tov, que cumpriu a missão
de propagar a forma mística do Judaísmo, deixando gravado um lendário de belas
páginas no decorrer da sua existência. Muitos desses episódios foram registrados
pelo escritor Martin Buber, no seu livro Histórias
do Rabi, onde apresenta momentos que imortalizam as virtudes do Schem Tov,
bem como de outros mestres dedicados ao Hassidismo.
Considerado o fundador dessa doutrina, O Baal Schem vivera, predicara. Ensinara; tudo isso era uma e a mesma coisa, tudo organicamente
enfeixado em uma grande espontaneidade da existência, sendo o ensinar apenas
uma entre as manifestações naturais da vida atuante, diz Buber em seu
trabalho.
(A imagem).Certa vez o Baal Schem
convocou Samael, o senhor dos demônios, para tratar de um assunto importante.
Ele o intimou: - Como ousas convocar a mim? Isso só me aconteceu três vezes: na
hora junto à Árvore, na hora do bezerro e na hora da destruição do Templo. O
Baal Schem mandou os discípulos descobrir a testa. E Samael viu, em cada
fronte, o sinal da imagem pela qual Deus cria o homem. Fez o que lhe exigiam. E
antes de se ir disse: - Filhos do Deus vivo, permitam ficar mais um pouco ainda
a contemplar vossas frontes.
Bom, a que me proponho quando transcrevo tais considerações, rever um momento forte dessas histórias de Baal Schem, que trazem a
essência daquilo que diz respeito às virtudes do místico judeu, ao pé da letra
da obra de Martin Buber.
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