Ó tu, que não te deixas ver, embora nos faça conhecer-te, todo mundo é tu, e ninguém se não tu é manifesto. A alma se esconde no corpo, e tu te escondes na alma. Farid Ud-Din Attar
Nisto, essa fome voraz de querer, que, no entanto, em tudo se manifesta, também aqui a todo instante tende a fazê-lo, ensinando às criaturas através da vastidão dos céus além visão e dos objetos, porém feita de sintomas soltos a meio de povos que se perguntam do quanto existe que possa constituir a causa primeira de tantos desejos em queda livre. Enquanto interroga a si, perpassa as dobras do mistério sem que possa deixar a luz dobrar o firmamento depois do mistério, e assim trazer o barco da existência ao seu destino.
Dúvidas não há depois dos quantos conceitos deixados nas respostas
que ficaram do passado, porém longe que sejam das reais necessidades da prática
fiel do Bem. A gente com isto reúne pelas palavras o que circula nas veias, e fala
dessa distância quase infinita entre pensar e dizer. Conquanto tais
acontecidos, todavia o mesmo instinto de falar em códigos persiste vidas e
vidas, sabendo só de uma certeza vaga dEle que junto nós sob o manto de todas
as cores.
Há pouco nada havia, nos meros fragmentos de ideias acesas a
vagar dentro do caos e das ausências, outrossim cólicas de um querer insistente
ao raiar dos sóis a contar dos universos de sonhos e visões. Nós, manifestação
de algo insólito, a meio de conjunções e figuras de linguagem, frutos dos anseios
a céu aberto na consciência de todos, impacientes de vir à luz e fazer do
instante sua origem e ser-se-á por demais onipotente, apesar das ilusões e fantasias
que nos acompanham os passos neste chão.
Nisto, essa fome de querer, que, no entanto... Hordas
bárbaras, no jeito das realidades inexistentes, ainda que tanto faz a claridade
e mora de junto, silenciosa, fazendo-nos astutos, e desaparecemos ao menor
gesto de solidão.
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