Dentre as reencarnações vividas, ou por viver, a mais valiosa, que na verdade pesa com destaque e torna evidente a força do universo de todas elas, trata-se da vida atual, através de que nos vemos, face a face, perante as decisões do momento, no comando de nossos destinos, neste belo dia. Isso porque o passado deixou-se lá atrás nas suas experiências de estrada e o futuro apenas virá adiante; inexiste ainda como coisa palpável, por razões lógicas.
O presente, portanto, equivale a
sabor de fria realidade, que responde a que se veio, no dispor das
oportunidades constantes, nos dias. Haja considerações das outras horas,
servem, pois, de citação, instrumento de estudo, lanterna de popa, contudo, a
significar valor inestimável, porém fora do âmbito imediato.
Quais avaliações filosóficas
utilizo para destacar a importância deste 2003 em que há pouco se chegou, nas
nossas vidas, no foco da civilização de um tempo de raros desafios. Todo ano
merece o máximo respeito. Alguém até escreveu ser este o derradeiro ano do
resto de nossas vidas.
Quando as ocorrências exigem
mudanças específicas na correção dos rumos da história, cabe aos responsáveis
diretos, aos vivos desta geração, se mobilizar e redefinir as perspectivas
desses rumos.
Pessoas ou países mostram as
caras semelhantes. Coletividades inteiras multiplicam por muitas vezes o
processo dos indivíduos de que as compõem. Cada pessoa soma no resultado. Se o
mundo formou o que existe, todos respondem pelo todo produzido.
Vive-se uma época de calmaria
suspeita sobre inumeráveis barris de petróleo e ogivas nucleares. A Terra-mãe
pena gemendo debaixo dos equívocos da raça humana, dona absoluta de tecnologias
corrosivas. Milênios e milênios de trabalho e luta redundaram nesse filme
antigo que, lagarto pegajoso, invade as nossas casas e cobre nossos sofás. O
preço conduz os corações e as mentes, poder totalitário das bolsas a impor normas e gritar ameaças de guerra.
Entretanto, novas respostas
existem, no auge do império de medo e portas fechadas. Vêm através das íntimas
consciências de cada uma das imprevisíveis criaturas humanas, fruto da luz
transformadora, pela calha daquilo que se convencionou chamar de esperança e
criatividade. Elaborar do espaço interior a renovação significativa de ampliar
as atitudes para além das bases tão só materiais.
Há, por isso, níveis outros de
apreensão da mesma realidade, tantas vezes inacessíveis a humanos, que
surpreenderiam poetas e sonhadores. Testemunham essa possibilidade os cavaleiros
andantes do espírito. Ano após ano, eles escrevem-se o discurso das eras.
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