quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Uma era de consequências

 

Mesmo uma vida feliz não pode existir sem um pouco de escuridão. Carl Jung

Tempos esses de quando se sabe que o prazer físico é o pecado original. Mesmo diante de tudo que aconteceu ninguém pode duvidar dos frutos até aqui depositados nas sementes jogadas ao chão da História, mil segmentos de tantas civilizações e quantas intenções vividas a ferro e fogo ao sabor da aparente inconsequência fruto da ignorância. No entanto, havia de ocorrer, portanto, razão primordial de uma inconsciente liberdade que fez da existência o motivo de estar e viver as possibilidades deste ser que o somos.

Daí os resultados produzidos aos valores propostos nas práticas, no furor dos instintos, e só agora trazidos à tona face ao que estar então significaria na própria pele. Minúsculos papeis que coube a cada um carregar em si na geração e no panorama em ação, a correr pelas veias das raças ao preço desta síntese disso resultante. Olhar no íntimo e saber daquilo a ser pago na bolsa do mistério, colheita por demais inevitável, pois.

Outrossim, matriz da humana consciência, aceitar consta de tudo, a sustentar a força de continuar perante os céus as lutas insanas de haver seguido em frente e desejar que assim houvesse de ter acontecido. Isto sem mágoa ou dor, soma de valores aos desejos guardados nas sete capas dos objetos utilizados numa confecção definitiva.

Admitir, por isso, a visão do êxito que compõe o quadro vindo aos dias numa justa aceitação de nossas limitações, encontro de sombra e luz desse enredo das vivências e dos sonhos. Reunir, aceitar e integrar ao sentimento as marcas de todos nossos passos, vejo nisso a resultante das epopeias e a letra fiel dos dramas e comédias onde exercitamos a experiência de viver e ser feliz.

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