terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Há um céu na consciência


Distintos lugares agora compõem esse quadro das individualidades, num movimento constante delas consigo próprias à busca de um encontro por demais na fórmula única de acalmar de vez o juízo. São todos eles pedaços de uma só presença, no entanto desfeitos nas imagens dessa paisagem disforme, reunião de tudo quanto existe ou existirá. Fragmentos que enviesam pelas horas, todos, pois, se desvanecem ao contar a si tais versões daquilo a que vieram das viagens interplanetárias dentro da memória, na urgência de achar a resposta do teorema que lhes resolverá, nalgum momento, a equação dos destinos.

Seremos, por certo, feixes de perguntas a preencher as dúvidas no teto das virtudes, ainda que as respondamos da melhor maneira, consoante crises de amores invisíveis na teoria do caos. Máquinas de pensar, que trabalham astuciosas, refletem disso as verdades que vagam neste chão de bronze. Às vezes duram até além das garantias, contudo máquinas de astral então desconhecido, e por isso os levam adiante feitos interpretes de textos ilusórios, grãos de espigas e versos de canções inesperadas.

Esse mister de continuar a todo custo perfaz o coro dos contentes e traduz deveras as tantas histórias deixadas aqui e ali pelas folhas do Tempo atiradas na lama. Onde estejamos dormirá o mago da salvação, duende em mil trajes esquisitos de cores vivas. Uma hora a outra tudo muda ao sabor da impermanência, desde as marcas dos automóveis esquecidos nas ruas no recôndito das eras. E os mesmos personagens, olhos acesos, aguardam este despertar lá na essência, andarilhos da sorte no mar das quantas luas.

Ânsias e ausências bem refletem as épocas que ora existem na alma das criaturas imaginárias no palco de películas autobiográficas desse mundo no que transformaram os canais das possíveis soluções. Nisto, naves deslizam no universo dos desejos e insistem invadir os pátios abandonados, e traduzir em definitivo o mistério soberano.

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