Folhas soltas quais jogadas ao léu, são os acontecimentos que circulam as trilhas das lembranças a todo momento, tais quisessem tomar de tudo o que nos restaria livre do tempo em formação. Isso de tal modo que nos parece dominar, invés de sermos os senhores das tais modificações de conteúdo que percorrem o pensamento e chegam quando nem menos aguardamos, em cargas e profusão.
A primeira impressão desse movimento secreto que percorre este
ser que somos é de habitarmos um oceano de imprevistos a crescer dia após dia. Material
ativo, vez em quando nos arrasta, entretanto, de volta a lugares inesperados,
de histórias fartas, humores arrevesados, presas de titãs monumentais, pedaços
de todos em retalhos de fitas e gravações inevitáveis daquilo do quanto ocorre
nas malhas da existência. Datas outras, vezes notadas, impõe novas condições
àqueles momentos sobre vindos nesses registros poderosos assim fixados noutros
departamentos das eras que não sejam esses dagora onde percorremos a faixa do
instante, a nunca mais desaparecer no acaso. Bem isso, a fábula das
memórias guardadas nalgum altar da consciência e que trazemos a tiracolo nas vidas
adiante.
Fôssemos distinguir a quantas viemos e as nossas destinações,
ver-nos-íamos por isso prisioneiros desse aplicativo primoroso das maravilhas
das recordações, prodígio da Criação. Ligar-nos-íamos, porém, ao tanto que
produzirmos nas águas de nós mesmos, e daí poder-se-á compreender de perto a
importância de ser e existir, num curso definitivo de nenhuma alternativa senão
aceitar de bom grado o nosso passado e trabalhar a evolução em acordo com esse
patrimônio irreversível do que fomos, lá numa vida, somatório precioso do que formos agora.
O mais fica por conta da conformação e do aprimoramento do
que viermos a analisar, prováveis deficiências daquilo que não soubemos administrar, nas raias do Infinito. Eis nisto a missão de um e de todos, essas unidades em
profusão no plano celeste.
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