Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro desperta. Carl Jung
Na viagem do Ser persistem as possibilidades trazidas pelo Tempo nesse mar de imprevisões da existência. Há um eu dentro da gente que divide a fim de reinar, o ego. Enquanto isto, mergulhados na própria essência, ali consiste a busca de revelar a percepção do Absoluto, pois ser-se-á isso a existe de perante nos infinitos. Dessa busca tenaz virá o senso da revelação de Si Mesmo através do ter do Inconsciente, livro guardado de tudo quanto viemos ora fazer. Nisso, as filosofias, psicologias, religiões, lendas, revelações, matrizes do mistério que dorme no coração dos seres humanos.
Conquanto submissos às determinações da Natureza impessoal,
habita no cerne da luz de que são dotados desde o princípio, razão do Universo original
e um vário destino perfaz o senso das gerações. Então, neste intervalo entre a
ilusão e a Consciência bem ali reside a presença do motivo de estarmos neste
Chão.
Os mitos transmitem este sentido das existências, no entanto
só perceptível pelos humanos à medida em que despertem ao real objetivo de
trazer aos objetos o princípio do conhecimento de já estão previamente dotados
desde sempre. Seres inteligentes da Criação, pois, vindo daí a decodificação
dos segredos no milagre de merecer estar nesta missão e chegar à consciência da
Unidade Divina, justiça de tudo.
...
Empenhados em rever as consequências funestas de nossos
afazeres diários cheios de apegos e falsas realizações, palmilhamos o
território da incerteza, caravanas perdidas em desertos imaginários, e nos
detemos a sonhar com tantos outros descompassos. Deixamos afora raízes e
séculos, numa solidão pessoal de causar desencanto a todo passo. Até quando... Assim,
quais bichos da sede no afã de seu ofício, lá um dia tecemos de nós mesmos o
linho da Salvação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário