Enquanto os outros animais apenas vivem o que ora sejam, os humanos padecem da ânsia incontida de ser mais e mais. Nem sabem o que já sejam agora e insistem noutras experiências, numa espécie de padecimento, autos sacrifícios que isto lhes atravessa o caminho milênios que haja desde sempre, solidão.
Daí seguem a viver quantas condições defrontem pelas jornadas em trâmites afetuosos. Aqui observam o exercício da histórica liberdade. Ali meros aprendizes de práticas insanas, enganos e cascalhos. São tantas as histórias, o suficiente de preencher, todos eles, resultados em elaboração de uma busca incessante. No mínimo criaturas existindo sob os véus do desconhecido.
Vez em quando, afloram esses diferentes seres daquilo que antes apenas imaginavam que fossem. Nutrem de camadas geológicas as civilizações, os monumentos, as narrativas, que deles restaram. Dão voltas sucessivas em torno de si mesmos, afoitos criadores de obras inexistentes às folhas do Tempo. Seres quais parceiros da Natureza, no entanto suas produções em movimento face a face com o Infinito. A si caberia conhecer do que experimentam, contudo logo esquecem no passar das luas pelo céu, e sofrem, gemem, desaparecem.
Isto, este algoz enfurecido, nas portas do invisível no decorrer das idades, porquanto esteja fiel ao Destino, contudo se reveste de pergaminhos que somem nos movimentos aos pés de onde persegue a fama. Na exatidão matemática do mistério, carrega o íntimo de cada humano todas as respostas agora existentes, que representam o senso aproximado desses tais que a tanto vieram a então responder. Assim, qual o quê, esdrúxulo, mistos de fama e talento, raiz e coração, aventureiros de noites escuras e escombros das guerras atrozes que inventam. Nem de quantas gerações sabemos, vêm os espíritos agregados aos séculos nas presas do inevitável. Argumentos, realizações e relíquias, eis os tais habitantes desses veleiros que desaguam nos olhos perfeitos de quem os comanda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário