Nas sociedades primitivas de que se avistam modelos vivos em diversos lugares da Terra, inclusive no Brasil, existem aplicações de costumes arcaicos, trazidos nos hábitos do tempo, de quando jovens atingem a puberdade, e se vêem no instante da superposição dos elementos anteriores do grupo, lhes apresentam portal introdutório para as práticas comunitárias de poder.
Denominados ritos de passagem, essas iniciações funcionam quais corrida de obstáculos, gincana a fim de testar, numa prática severa, inclemente, os aspirantes a novos guerreiros, quando eles deverão responder, na forma de capacidade e resistência, sacrifícios extremos impostos, num teste da consistência primordial que prevalecerá depois desse crivo de força prática e materiais de personalidade em cheque.
Transcorre dessa maneira o rompimento do hímen que divide a morte do ego infantil para nascer o ego adulto, onde só os mais hábeis e fortes sobreviverão intactos, em que tantos, contudo, desistem, ou sofrem danos irreparáveis, inválidos crônicos passada a luta ritual.
No entanto, cumprir-se-á o inevitável processo de depuração coletiva, seleção natural da qualidade superposta no decorrer das gerações, têmpera do pano social, garantia da coesão do hálito da espécie sequente.
Numa equivalência aos testes de qualidade da indústria, a superposição desses elementos que compõem o sistema atravessa desafios e adquirem méritos a quem resistir à altura os procedimentos depurativos.
Assim nas tribos indígenas. Aqueles que pretenderem negar o costume e procurar fugas às regras do jogo de restabelecimento dos estoques humanos se deparam com sanções discriminatórias, atirados aos escalões inferiores do desempenho das funções grupais, vistos no âmbito das cidadanias inferiores e castas impuras.
Isso atualizaram as culturas modernas, através dos ditos concursos institucionais, vestibulares dos padrões curriculares nacionais, das provas de fogo da profissionalização, das drogas clandestinas, do álcool, das doenças sexualmente transmissíveis, testes de carteira de motorista, alta velocidade nas autopistas e avenidas de mão-dupla, violência das ruas, burocratização perpétua dos estados plenipotenciários, criminalidade organizada, família em crise, subalimentação crônica das classes menos favorecidas, aparelhos policiais onipresentes, serviços militares obrigatórios, códigos cifrados iniciatórios, filtros vários espalhados no decorrer do tempo, agravados na malha dos tempos atuais, em que máquinas de guerra sofisticadas impõem dobras de joelhos a nações pouco subdesenvolvidas sob a pecha cruel dos juros internacionais da agiotagem dos poderosos e suas dívidas externas impagáveis, agravadas na dominação de segmentos políticos oligárquicos, donatários dos passados nebulosos, História espúria, vagarosa.
A juventude defronta, pois, esses bloqueios das restrições, na sofisticação tecnológica sancionada pelas corporações de governo, domínio das máquinas e da informação, fardos pesados impostos desde antiguidades ainda recentes das guerras mundiais de conquista originárias da Europa, produto das invasões bárbaras que integraram o Império Romano em solene decadência ilustrada na Era do Papel.
Ainda que propostos ao desafio dos valores carcomidos que receberam da herança questionável, uma vitalidade natural de melhor consciência requer atitudes frutos do progresso interno da vida, no eito da existência real.
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