Invés de deixá-lo ir, sigamos juntos. É a ciência de tudo, enquanto. Sustentar do Destino nas próprias mãos. Ser isto, Amor antes de tudo. Conviver diante das sequências naturais desse álbum de figurinhas que significar existir. Sobreviver aos embates das ondas deste mar infinito do que somos a parte mais significativa, porquanto sabemos e asseguramos à luz da Consciência. Nos olhos abertos ao fogaréu do momento presente, assim desenhamos nas rochas dos céus a vida que somos ao luar de quantas noites e sóis de longos dias.
Bem isto de uma melodia perfeita, todas as notas habitam fieis a pauta da presença, barco de cores e sons, risos e beleza, autores que escrevem roteiros intermináveis, geração após geração, na tela multiforme da alma. Nessa jornada de todos os reinos, perlustramos de belas histórias o credo nascido das florestas do entendimento.
Daí o esforço de prosseguir na ânsia de se encontrar consigo mesmo, reunião de mil desejos e desejo de um Só na essência de Si. O gesto sideral das alvoradas, na certeza da compreensão plena do que nos trouxe até aqui desde sempre. O sentimento sabe decerto contar essa longa epopeia das origens de tudo quanto há. Isto de um simples fragor das verdades a preencher de perfeição as arcas do mistério de onde viemos dalguma circunstância justa e perenal.
Esse pomo do segredo qual constituímos de nossas ânsias e saudades guardadas a sete capas nos refolhos da presença, assim qual sejamos perante as horas e perante o definitivo de contar as lendas do Sol. Ente no entanto à busca do instante que nos constitui, aqui tangemos vagas sucessivas no leito dos sonhos, senhores absolutos da exatidão de onde agora chegamos, seres pequeninos, porém portas abertas da totalidade de um Ser único, magnânimo.
(Ilustração: A persistência da memória, de Salvador Dali).
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