Isso diante do Tempo, este ator que nunca para. Face a face vão os dois nessas longas estradas do Destino, às vezes cobertos de andrajos, noutras senhores dos demais e envoltos de plumas e estanho. Eles os mesmos mergulhadores desses mares que cercam os continentes esquecidos. Seguem as estórias azuis; outras tantas na forma de longas nuvens avermelhadas tangidas do Nascente. Quiséssemos ou não, contudo seria assim até sempre. Palavras circundadas de brisa intensa durante horas a fio, só aguardando ocasião de saírem na busca dos céus vivos das almas em crescimento. As circunstâncias falam disto a todo momento, determinando normas e lutas, jovens mendigos ao abandono da sorte. Falam o quanto permite ao fôlego grandes massas de ilusão a cada momento. Secundados de velhas lendas, carregam o princípio da sobrevivência no trilho das melhores vidas ainda em fragmentos. São líderes, nalgumas situações, porém circunscritos aos valores criados nas entranhas de si, quais meros cativos de epopeias feitas nas rochas e largadas ao céu aberto do Infinito.
Aos primeiros passos, vieram civilizações ora desparecidas, viradas relíquias destes seres esquisitos. No entanto insistem os tais na sobrevivência a todo custo, sob os ardis de fatores até então ignorados. Querem marcar a ferro e fogo o prisma dos séculos, e constroem, tementes dos sóis, as ruínas escuras que os alimentam durante séculos sem fim.
Mas dizem inesquecíveis seus registros e mostram o desejo maior dos sonhos e amores adormecidos sob a relva do impossível. Fossem estruturas em desaparecimento e, de há muito, o teriam feito, sumindo pela escuridão das quantas guerras infindáveis. Justos motivos seriam insuficientes a contar essa história antiga de reinos em destruição. Vivem, outrossim. Insistem nas jornadas emocionais que lhes conduzem. Serão, por isto, herdeiros da espécie deste tempo, autores persistentes de existências sucessivas ao sabor dos instantes, marcas definitivas de eternos caprichos à luz do mais tenebroso mistério.
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