domingo, 4 de agosto de 2024

Quando o amor existe


Em revoada alegre, há um bando de marrecos a fazer evoluções no espaço sobre a tarde, no açude. Em leques perfeitos e pios constantes, numa comunhão existente ao nível dos sonhos, verdes bolas de capim, no outro lado da vazante, emolduram quadro perfeito de mundos imaginários. Do outro lado das águas ali as aves criam seus filhos nos ninhos e vivem misteriosamente, distantes do mundo cá de fora onde a gente mora, na casa grande. Os ramos d´água bem que impressionam pelo seu afastamento do corpo do reservatório, nas represas, uma obra da engenharia cabocla do reservatório. Bem feito e infinito na impressão dos que aqui se redimensionam, às vistas do escorrer das ondas doces, nas tardes de estio, o Sertão que é a elaboração de mundos talvez inexistentes, que agora só lembranças distantes doutras ocasiões largadas no tremor do Tempo. Assim, numa apenas estreita do que antes passara, entre saudades e esperanças vivem histórias de paciência do que se revoltou muitas vezes. Sempre pensando em voltar lá certo dia, na certeza de que o papel é como uma tela a suportar, a sentir ser o instante em que a luz se dilui na própria consciência pela Vontade maior de quem lhe ofereceu o conteúdo de prazer e certeza no que haverá vir a todos nós, SERES HUMANOS, os seus filhos.

 

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