terça-feira, 20 de agosto de 2024

Eros e Psiquê


Desde o Olimpo, a deusa Afrodite reconhece em Psiquê, uma linda jovem mortal, alguém de beleza superior à sua, e, com isso, decide que ela não deveria concorrer com os deuses em tão rara fisionomia.

Por sua vez, Psiquê possui duas irmãs que logo se casam e seus pais ficam tristes de ver a mais bela filha sem um esposo; daí decidem obedecer a uma determinação de que esta fosse vestida de noive e posta no alto de um monte, de onde um mostro viria a lhe desposar.

Na verdade, isto fora um plano de Afrodite para que a linda jovem fosse recebida por Eros, filho seu, assim excluindo-a de entre os mortais. Nisto, Zéfiro, vento de largas proporções, arrebatou Psiquê, levando-a a um vale de raras maravilhas, onde passaria a viver com Eros em um palácio, porém com a determinação de nunca poder ver a face deste, condição que impusera o marido.

Vivem felizes longas datas. Lá um dia, Psiquê decide rever sua família e reencontra as irmãs que indagam do seu matrimônio e de seu esposo. Ao saberem que a irmã jamais vira o rosto do companheiro, provocam meça a curiosidade a tal intenção.

Quando regressa ao palácio, numa madrugada, Psiquê resolve observar a fisionomia de Eros, qual até ali não fizera. Acende uma vela e, nisto, se encanta pela beleza do marido a ponte de deixar cair um pingo de vela em seu corpo, despertando-o. Por perceber que a companheira havia descumprido suas ordens, fica enfurecido e resolve abandoná-la.

Vistos, em consequência, o desespero de Psiquê e o sofrimento de Eros diante da repentina separação, Afrodite apieda-se e dispara uma fecha contra a jovem, trazendo-a de pronto ao panteão dos deuses, quando, então, viveria, em toda Eternidade, junto de Eros, num sonho incomparável do Amor e da Consciência.

(Fonte: Mitologia grega).

(Ilustração: Eros e Psiquê, de Kraser Tres (https://www.festivalartsur.com/eros-psique-kraser/).

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