Desde o Olimpo, a deusa Afrodite reconhece em Psiquê, uma linda jovem mortal, alguém de beleza superior à sua, e, com isso, decide que ela não deveria concorrer com os deuses em tão rara fisionomia.
Por sua vez, Psiquê possui duas irmãs que logo se casam e
seus pais ficam tristes de ver a mais bela filha sem um esposo; daí decidem
obedecer a uma determinação de que esta fosse vestida de noive e posta no alto
de um monte, de onde um mostro viria a lhe desposar.
Na verdade, isto fora um plano de Afrodite para que a linda jovem
fosse recebida por Eros, filho seu, assim excluindo-a de entre os mortais.
Nisto, Zéfiro, vento de largas proporções, arrebatou Psiquê, levando-a a um
vale de raras maravilhas, onde passaria a viver com Eros em um palácio, porém com
a determinação de nunca poder ver a face deste, condição que impusera o marido.
Vivem felizes longas datas. Lá um dia, Psiquê decide rever sua
família e reencontra as irmãs que indagam do seu matrimônio e de seu esposo. Ao
saberem que a irmã jamais vira o rosto do companheiro, provocam meça a curiosidade
a tal intenção.
Quando regressa ao palácio, numa madrugada, Psiquê resolve
observar a fisionomia de Eros, qual até ali não fizera. Acende uma vela e, nisto,
se encanta pela beleza do marido a ponte de deixar cair um pingo de vela em seu
corpo, despertando-o. Por perceber que a companheira havia descumprido suas
ordens, fica enfurecido e resolve abandoná-la.
Vistos, em consequência, o desespero de Psiquê e o
sofrimento de Eros diante da repentina separação, Afrodite apieda-se e dispara
uma fecha contra a jovem, trazendo-a de pronto ao panteão dos deuses, quando,
então, viveria, em toda Eternidade, junto de Eros, num sonho incomparável do
Amor e da Consciência.
(Fonte: Mitologia grega).
(Ilustração: Eros e Psiquê, de Kraser Tres (https://www.festivalartsur.com/eros-psique-kraser/).
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