Invés tão só de estender pelos céus a pano das palavras, tempos impõem aguardar, espreitar, sob o Sol a leveza dos acontecimentos. Saber-se menor, apenas uma ligeira partícula de um todo imaginário a transcorrer nas vidas, o que na verdade somos. Isto diante dos séculos e das surpresas várias. Um desfilar perene das muitas versões do Infinito de que significamos, isto indica conhecer o mínimo desse mover intermitente das gerações, testemunhas desse quadro inesperado, fixo nos seres individuais a perlustrar.
Isto são visões por demais desconhecidas, repastos do
tempo próximo, desconhecido, no entanto. Pessoas, sensações, percepções... Pelos
vastos campos dos deslumbramentos, bem ali nos vemos, um ser sempre em mutação,
olhos fixos nalgum lugar, nos objetos, nas cores disformes, superpostas na alma
adormecida. Nisso, a vontade extrema de conhecer, dizer daquilo que encerram os
dramas individuais, as buscas, os valetes escorregadios e sujeitos ao sabor das
infinitas contradições.
Conquanto, de tudo a experiência, a claridade que persiste, no
entanto mesmo depois do que houver. Longas distâncias de procura, por isso,
revelam o gosto doutras histórias trazidas, então, pelas melodias que chegam ao
coração dagente. Suavidade extrema circunscreve todos os sons deste mundo e mergulha
nas ausências dos tais mistérios inalcançáveis. Bem ali consiste no quanto
existir nalgum universo além deste de pura matéria. Disto contar as infinitas
planícies de paz, na medida dos sonhos.
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