Em face das incertezas, nesse turbilhão incontrolável do quanto existe, desliza o rio do Tempo nas mesmas humanas criaturas. Feixes de lembranças várias, transportam ao mar do Infinito as circunstâncias e os sonhos, isso através do deserto das existências, talvez ao bel-prazer de sentimentos até então desconhecidos deles, de todos. Deles, visões só agora postas no horizonte das horas, característica de vidas indomadas, expectativas dos amores desfeitos e da fome cruel de um encontro dalguma certeza no correr dos mistérios de que ora fazem parte involuntária.
Nisto, são as emoções que os sustentam passo a passo e os
fazem obedientes ao inesperado, quais protagonistas de aventuras errantes, na
face do mesmo planeta aonde chegaram lá num momento e calcaram, estanques,
astutos, a ânsia voraz de dominar os sentidos, no entanto somente feitos meros
aprendizes da sorte a todo instante. Viventes assustados de si próprios,
observam destarte as luzes do horizonte, seres primitivos de outros lugares afora.
Conquanto busquem esquecer o transcorrer dos olhos na crosta
do firmamento, tão só avaliam a ocasião disso vencer, à sombra de dominar dentro
da alma a consciência, ao instinto de aceitar com humildade o transe da
ignorância dagora, amargura dos segredos guardados sob a pele, o que os afligem
desde sempre e amargamente.
Porém sabem, sim, alimentar os animais de que somos o sabor
nos pensamentos mais inesperados. Ladinos, famélicos, seguem pelas estradas dos
dias; percorrem as velhas trilhas no tanto que aqui largaram vestimentas e
posses, ao rastro da fama e do poder. Um feixe impaciente, pois, de quantos
dramas viverem, a isto significam todos esses que vadeiam sórdidos e
impacientes pelos caldeirões do desejo.
Longo intervalo a isto oferece suas leis desconhecidas e
aceita conter as marcas ali deixadas pelas emoções no íntimo das gentes, tais
visões imaginárias que transcorrem a lhes revestir de esperança o sentido de tudo,
quem sabe o quê?!
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