Bom, por mais livres que sejam, colherão o produto das práticas que exerçam naquilo que melhor posicionem suas falas e tragam ao circo das ações de um a um, no teto das palavras. Essa resposta bem demonstra o poder que existe além das horas que passam velozes.
Séculos sem fim e o Tempo demonstra a força de uma soberania
a toda prova, isto às mãos daqueles mesmos que ora persistem pelas malhas da
existência, oportunidade raríssima de chegar ao senso da Felicidade pelos
passos atuais.
Assim, face aos tempos e às pessoas, rastros contraditórios
enchem os horizontes de versões desencontradas, porquanto escritas pelos sujeitos
da História em suas atitudes desencontradas. Meros vilões de si, arrastam nos
pés a lama do desconhecido e praticam a própria perdição. Isso desde líderes
até espectros da raia miúda, jogados no lixo das práticas infiéis, bolsões de ilusão
de todo modo.
Uma vez aceito que as palavras possam ter significados,
resta, então, deixá-las percorrer o trilho da certeza e surtir o efeito daquilo
que melhor lhes convenha, apressando em fazer com que ofereçam sentimentos
diversos, livres do ranço angustiante das eras, seus tiranos, suas contradições
e dúvidas. Esse domínio que exercem detém poder estonteante, quase nunca utilizado
pelos que as utilizam.
No entanto as escolhas cabem aos indivíduos, ainda que
desejem fugir dos compromissos que assumam. Frutos disso compõem as
circunstâncias. Há de tudo nesse mar das aventuras errantes da raça dita
inteligente. O instinto do prazer, do poder e da sujeição aos baixos valores
denota o ser que vigora no correr das gerações. E nisto as palavras servem de
anteparo aos plantios e o que deles possa vir. Ninguém sobrevive àquilo que
venha adotar qual razão do destino que cria. Leis imperam e subsistem a tudo.
(Ilustração: O pagamento, de Pieter Brueguel o Jovem).
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