terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Teoria e prática


Bom, por mais livres que sejam, colherão o produto das práticas que exerçam naquilo que melhor posicionem suas falas e tragam ao circo das ações de um a um, no teto das palavras. Essa resposta bem demonstra o poder que existe além das horas que passam velozes.

Séculos sem fim e o Tempo demonstra a força de uma soberania a toda prova, isto às mãos daqueles mesmos que ora persistem pelas malhas da existência, oportunidade raríssima de chegar ao senso da Felicidade pelos passos atuais.

Assim, face aos tempos e às pessoas, rastros contraditórios enchem os horizontes de versões desencontradas, porquanto escritas pelos sujeitos da História em suas atitudes desencontradas. Meros vilões de si, arrastam nos pés a lama do desconhecido e praticam a própria perdição. Isso desde líderes até espectros da raia miúda, jogados no lixo das práticas infiéis, bolsões de ilusão de todo modo.

Uma vez aceito que as palavras possam ter significados, resta, então, deixá-las percorrer o trilho da certeza e surtir o efeito daquilo que melhor lhes convenha, apressando em fazer com que ofereçam sentimentos diversos, livres do ranço angustiante das eras, seus tiranos, suas contradições e dúvidas. Esse domínio que exercem detém poder estonteante, quase nunca utilizado pelos que as utilizam.

No entanto as escolhas cabem aos indivíduos, ainda que desejem fugir dos compromissos que assumam. Frutos disso compõem as circunstâncias. Há de tudo nesse mar das aventuras errantes da raça dita inteligente. O instinto do prazer, do poder e da sujeição aos baixos valores denota o ser que vigora no correr das gerações. E nisto as palavras servem de anteparo aos plantios e o que deles possa vir. Ninguém sobrevive àquilo que venha adotar qual razão do destino que cria. Leis imperam e subsistem a tudo.

(Ilustração: O pagamento, de Pieter Brueguel o Jovem).

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