Li, há pouco, o livro Juazeiro
Anedótico, de autoria de Raimundo Araújo, pela ABC Editora, de Fortaleza,
contando histórias espirituosas de personagens que assinalam ou assinalaram
episódios inesquecíveis sobretudo da
Meca nordestina, registros bem apanhados e prudentes de acontecidos da
comunidade, nos seus momentos mais saborosos, descontraídos, alegres, próprios
à transmissão que mereceram.
São Peças raras do anedotário
relativo a nomes populares, quais Seu Lunga, Prof. Zé Neri, Mascote,
Antônio Patu, Mozart de Alencar, Conserva Feitosa, Henrique Brasileiro, Edvan
Pires, dentre outros de brilhante senso humorístico, que escreveram páginas
eternas dos tempos juazeirenses, detalhes vivos das épocas e lugares.
Ao escritor reserva-se ao
trabalho de recolher tais instantâneos cotidianos para passá-los à perenidade
através do livro, instrumento adequado nesse mister de transmitir conhecimento,
descrições e narrativas.
Numa hora dessas, ouvi Raimundo
Araújo falar do zelo com que preserva tais conteúdos sociais e me dizia, no seu
hábito particular, atender com isso a instintos pessoais, independente de saber
explicar melhor por que cumpre atende a essa vontade.
Guardar coisas da memória e do tempo
faz, desde a mais remota antiguidade, os autores se parecem entre si. O
costume, inclusive, mantém ligação estreita com o desenvolvimento
civilizatório, no início, pelos escritos religiosos e mitológicos, depois, nas
instituições culturais.
Vistas num âmbito maior, as produções
assim elaboradas equivalem a testemunhos úteis da história, dos modos e
costumes das gentes. O Cariri possui forte tradição desses cronistas locais,
seus fiéis historiógrafos.
Dada a oportunidade, lembrarei
aqui alguns deles, lista válida nas abordagens amplas de nossa rica literatura.
Ei-los: José Carvalho, José Alves de Figueiredo, Otacílio Anselmo, Raimundo
Borges, Quixadá Felício, Pe. Vieira, João Brígido, Nertan Macedo, José Marrocos,
Mons. Francisco de Holanda Montenegro, Irineu Pinheiro, F. S. Nascimento, Pe.
Neri Feitosa, Manoel Monteiro, Pe. Teodósio Nunes, Emídio Lemos, Mons. Ágio
Moreira, José Gil Borges, Amália Xavier, Mons. Rocha, J. de Figueiredo Filho,
Rosemberg Cariry, Joaryvar Macedo, Zuleika Figueiredo, Xavier de Oliveira, Jefferson
Albuquerque, Paulo Elpídio de Menezes, Nirson Monteiro, Amália Xavier Pereira, Flamínio
e Tiago Araripe, Assis de Sousa Lima, Plácido Cidade Nuvens, Geraldo e Walter
Menezes Barbosa, Daniel Walker, Renato Cassimiro, Cláudio e Fran Martins,
Antônio Martins Filho, Pe. Antônio Gomes de Araújo, Osvaldo Alves, Lindemberg
de Aquino, Raimundo Elesbão de Oliveira, Otacílio Anselmo, João Alves Rocha,
Patativa do Assaré, Napoleão Tavares Neves, Hamilton Lima Barros, Alacoque
Bezerra, Wellington Costa, Huberto Cabral, Armando e Carlos Rafael, Ebert
Fernandes Teles, Luciano Carneiro, Carlos Eduardo Esmeraldo, Elias Sobral,
Eneida Figueiredo, Jurandy Temóteo, Manoel Patrício, Roberto Jamacaru, José Esmeraldo
Gonçalves, João Batista Filgueiras, Aldenor Benevides, Willian Brito, Lupeu
Lacerda, Edvan Pires, Huberto Tavares, Rosemberg Cariry, Fátima Menezes, Jósio
Araripe, Edésio Batista, Lucélia Brito, José Flávio Vieira, José Newton Alves
de Sousa, Marcos Leonel, Manoel Monteiro, Eneas Braga, Pedro Ernesto Filho, Geraldo
Urano, Pedro Antônio Lima Santos, Ronald Brito, Alfredo Tavares, André Barreto,
Celso Gomes de Matos, Almério e Amarílio Carvalho, Maécio Siqueira, Antônio
Vicelmo, Francisco Assis de Sousa Lima, Geraldo Ananias Pinheiro, Josenir
Lacerda, Humberto Mendonça, Sidney Rocha, Maria Eunice Teles, Pedro Esmeraldo, Aldemar
de Morais, Ronaldo Brito, Flávio Morais, Heitor Feitosa, Jorge Emicles Paes
Barreto, Claude Bloc Boris, Sávio Cordeiro, Cleide Oliveira, Anchieta Dantas, Anilda
Figueiredo, João Calixto Junior, Roberto Junior, Madson Wagner, Antônio Alves
de Morais, Tarso Araújo, ... (reticências abertas aos acréscimos inevitáveis).
(Ilustração: Crato antigo).
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