De tudo, enfim. Dos acontecimentos e das visões lá bem distantes; dos momentos velozes que passaram feitos nuvens e jamais voltaram. Olhares novos. Ver, talvez, o que nunca enxergou do que houvesse antes perfeito nas imagens, no entanto agarrado na memória, os perdidos passos doutras histórias que deixaram marcas profundas no coração da gente. Querer recontar a si próprio aqui que transcorreu, dúvidas, equívocos, desnorteios, contudo pedaços justos de nós que sumiram sem largar vestígios pelas profundezas do ser e insistem regressar, às vezes nas horas de silêncio, de quatro crescente, de manhãs chuvosas, mas continuam ali tal incrustações definitivas na alma, restos fortes de solidão adormecida.
E nessas ocasiões não há como fugir, acalmar o discernimento
sob a justificativa que não tivesse nada consigo. Curvas de estradas, lugares
onde se passou e as recordações dali que persistem na folhagem, nas sombras, no
rio, naquele lugar de encontro inesquecível, a dizer memorável do quanto
sobrevive. Saber entranhado no sentimento e viver a sensação da inesquecibilidade
do inevitável, poderoso qual determinação doutro poder maior vindo de longe, das
alturas, quiçá doutras dimensões... Visões intactas... Iguais emoções a pulular
em tais oceanos... por certo da existência inesgotável da gente. Os antigos sons
a ressoar nos rincões desaparecidos da alma hoje intacta neste sempre que somos.
Todavia isso que significa a existência, esse eterno retorno
de saudades que impera de si até que chegue o dia do reencontro das tantas situações
felizes, desfeitas no firmamento da individualidade, isso agora consiste em tocar
adiante a nave da consciência pelo Universo afora, e conhecer os caprichos e as
vontades das lágrimas, dos risos, das alegrias, esperanças e sonhos...
Andar no instinto de achar a tal felicidade e os momentos
definitivos da Paz, pessoas afetuosas, saúde, calma, aceitação, virtudes...
Esse o somatório de pisar o espaço e respirar no tempo, seres intermediários
entre o mistério e a certeza do quanto dispomos, ao sabor do que distinguimos das
imagens de perfeição a nos tocar os pés e viajar conosco nos céus do
desconhecido.
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