segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

O luar da ficção

                 

Desde muito e todos aqui percorrem seus caminhos, por vezes perdidos nas jornadas de agora, ou pouco cientes de aonde querem ir. São eles, os seres na face dos firmamentos. Milhares. Milhões. Bilhões. Vagos trâmites de palavras e gestos, e um objetivo qual seja. Nisto, as falas descrevem o sentido das infinitas jornadas nas fases mais diversas, a escutar o silêncio do Cosmos em movimento incontido. Desde antigamente vem sendo assim, os habitantes de florestas e cidades a trocar de vestimentas e sonhar nos dias mornos.

A quanto serve de razão a que aconteça transitar em toda parte, inclusive pelas ânsias pessoais. Antes de tudo, todos significam interrogação diante do horizonte das eras já hoje inexistentes. Neste ar das tantas perguntas, persistem os escombros dos que já se foram, rascunhos dos que chegam e depois esvaem nas sombras. Traços inscritos nas lápides em códigos magistrais. Há esforço vário de interpretar as normas do Destino. Quer-se a todo custo desvendar o mistério que o compõe. Bem isso que resume a técnica de haver estado a navegar pelos mares bravios do Infinito.

Isto sejam meros expectadores das próprias histórias que descrevem o percurso de epopeias, romances e sinfonias, sob o crivo de leis imutáveis então desconhecidas e que insistem deter seus traços nesses viajantes do Tempo. Daí os enigmas a decifrar que o somos, independente das opiniões pessoais igualitárias. Ainda que nem fosse tal e qual, no entanto perlustraríamos o senso da solidão, espécies de vultos insólitos em mundos individuais. E vivemos o desejo da perfeição que nos trará paz e alimenta nossos céus de torpor e amabilidades.

Lá de fora já sabem a que vir, restando, pois, os mergulhos na alma que os esclareça. Descrever o transe da existência ao modo de deuses que nunca viram, mas respeitam por demais. Totalizar os segredos que trazem consigo da melhor forma, e sobreviver ao passar das estações, eis que vêm à busca de uma certeza maior.

 

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