Desde muito e todos aqui percorrem seus caminhos, por vezes
perdidos nas jornadas de agora, ou pouco cientes de aonde querem ir. São eles,
os seres na face dos firmamentos. Milhares. Milhões. Bilhões. Vagos trâmites de
palavras e gestos, e um objetivo qual seja. Nisto, as falas descrevem o sentido
das infinitas jornadas nas fases mais diversas, a escutar o silêncio do Cosmos
em movimento incontido. Desde antigamente vem sendo assim, os habitantes de
florestas e cidades a trocar de vestimentas e sonhar nos dias mornos.
A quanto serve de razão a que aconteça transitar em toda
parte, inclusive pelas ânsias pessoais. Antes de tudo, todos significam
interrogação diante do horizonte das eras já hoje inexistentes. Neste ar das
tantas perguntas, persistem os escombros dos que já se foram, rascunhos dos que
chegam e depois esvaem nas sombras. Traços inscritos nas lápides em códigos
magistrais. Há esforço vário de interpretar as normas do Destino. Quer-se a
todo custo desvendar o mistério que o compõe. Bem isso que resume a técnica de
haver estado a navegar pelos mares bravios do Infinito.
Isto sejam meros expectadores das próprias histórias que
descrevem o percurso de epopeias, romances e sinfonias, sob o crivo de leis
imutáveis então desconhecidas e que insistem deter seus traços nesses viajantes
do Tempo. Daí os enigmas a decifrar que o somos, independente das opiniões
pessoais igualitárias. Ainda que nem fosse tal e qual, no entanto
perlustraríamos o senso da solidão, espécies de vultos insólitos em mundos
individuais. E vivemos o desejo da perfeição que nos trará paz e alimenta
nossos céus de torpor e amabilidades.
Lá de fora já sabem a que vir, restando, pois, os mergulhos
na alma que os esclareça. Descrever o transe da existência ao modo de deuses
que nunca viram, mas respeitam por demais. Totalizar os segredos que trazem
consigo da melhor forma, e sobreviver ao passar das estações, eis que vêm à
busca de uma certeza maior.
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