Quer-se comentar aqui uma notícia que repugna e clama justiça, por demonstrar a deficiência que caracteriza as ações coletivas de povos seguidos, desde tempos de passado mais remoto, quando se conhecia quase nada do que ora se conhece. E ainda hoje governantes de países ditos civilizados insistem na destruição do semelhante, sobretudo menos aquinhoado, sob pretexto frio de domínio econômico, na mistificação de paz que nunca chega.
Queres a paz, prepara-te para
a guerra, diziam os romanos. Enquanto tais atitudes ganharam foro de
regularidade as cartas imbecis dos dominadores, o Planeta sofre e se arrasta, às
vistas inúteis da grande população alienada.
A essa comédia de erros em que se
transformou a sobrevivência do ser humano na Terra somem-se as recentes
providências quanto à indústria das armas atingir proporções jamais registradas
na História. O poder de fogo e destruição das formigas humanas ameaça até as
futuras gerações, nas marcas deixadas com a guerra. Nesse passo, qualquer leigo
sabe da fragilidade de sua opinião particular tímida, que perdeu determinação nos
resultados.
A multidão, quando se reúne para
comemorar em largas euforias, nas praças, nos estádios, comemora o quê, ninguém
sabe, nem pára, querendo responder, porquanto virou só um número financeiro nas
vendas, nos mercados bêbados da farra homérica que parece a tudo envolver e destruir.
Chega de guerra, pois ainda existem
chances de viver. Há que se aguardar o mínimo de sensatez para reverter o
quadro dantesco em que se transformou a segurança entre as pessoas. Já que a resposta
não nasce da multiplicidade e dos líderes mundiais, que possa aflore de cada um
de nós, na luz da transformação individual.
(Ilustração: Segunda Guerra Mundial).
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