O homem de Deus é um ser coberto de andrajos, / o homem de Deus é um tesouro em meio às ruínas. Rumi
Nalgumas vezes, quando cessam as canções lá de antes, algo cresce diante do silêncio e quer saber o que virá logo em seguida. Talvez meros sinais ainda em processo de elaboração, que deixam entrever presenças esquisitas e fantasmagóricas pelas nuvens cinzas, de quem busca aproximação, no entanto ciente, talvez, do quanto ainda resta do momento exato de serem abertas as comportas do Paraíso.
Espécies advindas de nem se sabe onde desenvolvem, pois, estratégias necessárias ao cumprimento de finalidade adredemente preparada nos autos celestes. Chegar-se-ão lentas, assustadas consigo, mesmo perante os céus que lhes contemplam desde os primeiros raios que previram o instante exato dessa compreensão.
Nisto, face a face com o movimento das pulsações, outros significados já demonstram o empenho da própria Natureza em cumprir as contrições ungidas no Tempo até aqui. Às portas de expectativas ensurdecedoras, contingentes numerosos de transeuntes fazem morada junto de cabanas e acendem fogueiras, à espera do quão aguardado há milênios e vasculham os ares. Doutro modo que ocorreria invés de extremas providências que crescem e depois somem qual num passe mágico.
Portanto, os habitantes do Chão inconscientemente sabem disso, das horas fixas da Criação, e sustentam práticas quaisquer, no intento dos sonhos que somem no nascer do Sol. Mas pressupõem largos intervalos nas trilhas que os sustentam, passadas infinitas gerações. Isto vez que nada de novo ocorre ao sabor das horas e do transcorrer dos acontecimentos rotineiros de então..
Assim, de olhos entreabertos ao inesperado, palavras deixam supor desejos e sortes bem aos sabor dos prazeres imediatos e das surpresas que ora advêm pouco a pouco.
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