terça-feira, 14 de maio de 2024

O perfume das flores


A gente para um pouco de escrever e lá qualquer hora vem de novo a velha disposição de juntar nas palavras querer dizer algo que nem eu sei o que seja. Antes imagino qualquer título, As raízes do inesperado, Leis que vagam pelo Universo, Lugares comuns, etc. E nisso a estranha vontade que fala de dentro, querendo contar dalguns sonhos, dalgumas ideias soltas das emoções dos dias, tais assim. Impulsos de trazer de volta o passado que, rápido, circulara e arrastara tudo em volta. Mesmo desse jeito, o vento faz de novo com a disposição de embelezar o mundo face ao perfume agradável das flores, e por si só conta de tudo aquilo que existe vivendo na alma do Tempo. Longas revelações do mistério de sorrir que persiste, independente do que acontece nas horas lá de onde venham, que demonstra a existência de histórias ou de alguém maior que os próprios acontecimentos.

Com isto chegam as razões que explicam, o poder que também temos de construir nossa história no presente. Refazer as expectativas antes assustadoras e agora possíveis, diante das sementes que lançarmos ao chão dos instantes. Construir, pelas mãos individuais, o direito de ser feliz, de obter amor doutros corações, de reviver os tão falados dias melhores que ainda hão de vir lá numa ocasião adequada, desde que obtenhamos o justo mérito de receber em retribuição.

Houve, certes vezes, no transcorrer da minha história, momentos de dor e dúvidas, porém as vertentes de fazer diferente do que fizera e dera naquilo que dera agora vejo de um modo do quanto poderemos estabelecer, na atualidade, o que pretendemos de nossas escolhas. A sorte de revelar a si o grande lance de produzir resultados auspiciosos, longe dos frutos amargos daquelas ocasiões deixadas à toa  que voltaram em forma de cicatrizes. Saber disto bem perto das nossas alternativas oferece meios raros de transformar pesadelos em alegria e sustos em flores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário