Entretanto, os abalos psicológicos representam marcas na caminhada dos humanos, dias, horas e minutos. Quanta dor moral a machucar semelhantes no decorrer das gerações. Os traumas, as torturas, ressaltam valor inestimável e cruento; e viver significa desenvolvermos o sentimento, até chegar à forma divina do aperfeiçoamento das criaturas, na casa maior do perdão. Jamais se fugirá da condição terrena livre de cicatrizes acerbas no íntimo do coração.
A escola da jornada terrena implica nisso, em respostas às ações por vezes inconscientes ou egoístas, que causam extrema repercussão nos outros, quando quem sabe é quem sente o dano de atitudes por vezes indiferentes, conquanto do tamanho descomunal em relação aos autores escondidos sob vestes intocáveis. Ninguém escapa, igualmente, aos equívocos dos gestos inconvenientes que ocasione.
Nas relações sociais, esse trem percorre distâncias infinitas, seja no trânsito, nos gabinetes, bares e praças de alimentação. Ainda que só queiram ser pacatos e frios, envernizados e prudentes, atores do drama coletivo praticam e esquecem o motivo das produções pessoais. Em sobejas situações, passam incólumes. Flagrados e descobertos nas fraquezas cotidianas, que, trazidos a responder, revelam facetas até a si ignoradas ao desprezar o brocardo de que agir sujeita ao erro, mas a omissão já representa o próprio erro. E não raras oportunidades, os protagonistas erram pela omissão, momento indicado a revelar respostas certas dos compromissos assumidos perante a condição humana de servir e amar.
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