
Homens, esses animais imprevisíveis; agora eles acharam de corre montados latas coloridas, que enchem estradas forradas de preto, vez em quando trombando pernas, focinhos dos bichos agoniados, jogados nas pistas de velocidade. Respeito, esqueceram até consigo mesmos; conosco nem pensar. Uns ingratos; embriagados, então, viram sádicos, arrancam pedaços, machucam e esquecem fácil, fácil, as missões que nos confiaram nos momentos de trabalho do passado.
Meio monótona continuar isso tudo, andar à busca de surpresas quase sempre desagradáveis, na monotonia de ocupar lugares inexistentes e campos que, indiferentes, vida de estrangeiro, pois viemos da Ásia e nessa terra nos largaram.
Há notícias de, um dia, transportarmos a Família Sagrada, na fuga ao Egito, mas isso lá nos tempos envelhecidos, palavras guardadas só em livro; e sermos restos de civilização pouco preservados entre as dobras do sentimento. Longe, bem longe, aconteceu a viagem do Oriente, enquanto ainda hoje quase ninguém lembra mais a aventura de transportar o Príncipe das Nações.
Vivemos assim, nas periferias dos lugares, bichos anciões, criados soltos por causa da inutilidade em nos transformaram, semelhantes às garrafas secas que chutamos no escuro das jornadas.