sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Cativos da vontade


Mergulhos que se dariam à medida dos tempos, eis a que destino significa estar no Chão e cumprir tal sina. Viver, portanto. Diante algo mais, percorrer as bordas do Infinito de olhos abertos aos abismos e às cores nisto caravanas inteiras transitam pelas telas das horas, ausentes, talvez, do quanto depois haver-se-ia de responder aos ditames de um ser astuto que ora impera nos transes das histórias.

A percorrer, portanto, estradas desertas, vez em quando achar degraus já preenchidos das outras experiências que não as próprias. Existir qual norma inevitável de andar aqui face a face consigo. Assim, esses significados de estar onde teria de ser, viram cicatrizes das mesmas dores dos outros. Perguntas acesas nas dobras do coração, ainda que escritas nas letras garrafais deixadas ao acaso, porém permanecem no movimento inigualável.

De um tudo, em tons monótonos seguem os dias, a gerar passados foscos largados ali nas calçadas toscas. Paredes inteiras inscritas de frases prontas insistem marcar os céus de antigamente neste vale dos anônimos esquecidos. E nisto, a juntar palavras e formar conceitos vagos doutros dramas já desaparecidos no colo dos contentes, escrevem de carvão as lendas, os credos.

Lá entre arquivos das máquinas, certo dia deixei um texto a que regressaria, quem sabe quando?!, e nunca encontrei de volta, perdido que esteja entre as falas esquecidas nalgum momento; haverei de descobrir e rever aos pensamentos ali escondidos, pois. Destarte, as falas, blocos de significados nem sempre alimentados de interpretações, qual as pessoas que vistas somem nesse vale de sombras das frases, restos da gente buscam nos rever, o que quer que seja alguma ocasião no futuro.

De regressos quantos às origens quais que somos, visagens de entes há tempos sumidos pelas frestas das madrugadas, na ânsia da perfeição nascida do íntimo deles mesmos, e refazem os velhos percursos da imaginação, e adormecem nos sentidos. Ao som dos estios pelas florestas, observam lentamente as manchas de sol entre a folhagem e admiram os santuários antigos cravados nos troncos das outras civilizações de antes, agora desaparecidas.

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