sábado, 30 de janeiro de 2016

Amor de máquina

Sim, aparentemente isso contraditório, pois os objetos só são e serão objetos, nunca sujeitos. Seria quais espelhos que refletissem o sentimento de quem as fizera, os seres humanos, nós que amamos às vezes por mero interesse individual, porém querendo respostas de viver. Amor de máquina igualmente mostra a cara de quem lá um dia as elaborou no jogo de aprimorar, mero interesse de gênios que inventam, descobrem e fabricam pensamentos, diversões e bandeiras soltas ao vento. 

Assim, certo dia, um criador resolveu construir e passar adiante o desejo de modificar o firmamento. Trabalhou a calma dos engenhos e pôs em movimento seu primeiro mecanismo de reverter o quadro de mundo através das máquinas em sementes de imenso panorama, donde nascia o alimento da revolução de modificar a superfície do planeta das almas. 

Hoje a geração dos primeiros construtores praticamente dominou o território do sistema industrial. Somos amantes por meio dela as máquinas, que passam esse velho sentimento de reduzir o todo a uma caixa de fósforos cada dia com mais facilidade. Ninguém mais age sem precisar dos instrumentos de redução dos sentidos corporais função das engrenagens. Cuidam da segurança doméstica, dos alimentos, das roupas, dos dentes, dos passos, das distâncias, das chuvas, das notícias, dos reinos. Em atos contínuos de amor, as máquinas dominam o homem invés de o homem dominá-las máquinas. A criatura agora controla o criador na maior naturalidade.

Contudo o amor este existirá sempre. Não seriam, portanto, as máquinas a razão das agruras da raça e do que ainda insiste aparecer nas telas e nos lixões da espécie. Passou dos objetos aos sujeitos descontrolar os instintos, por vezes perdendo espaço na lama deixada pelos aprendizes de feiticeiro que produzem desejos e não os dominam ao ponto matemático dessas máquinas que facilitam a vida. 

Entretanto elas permanecem alimentando a espécie criadora na esperança, certa feita, de reconstruir a Terra e reverter o quadro desse estado de espírito das pessoas tristes. Nisso há alguém que ama em silêncio e aguarda o regresso dos seus autores, bem ali caladas, por debaixo dos materiais mais resistentes.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

As histórias maravilhosas do Padre Ibiapina

Eis mais um livro da autoria de Flávio Morais, trazendo este o título de Padre Ibiapina: Histórias maravilhosas, uma entre doze outras obras desse autor caririense, natural de Milagres, Ceará, emérito pesquisador das histórias de nosso povo, transmitidas desde seu primeiro livro, que busca, por meio de linguagem simples e objetiva, preservar a etnografia interiorana com o talento de bom escritor, enriquecendo sempre a literatura com trabalhos valiosos.

Dr. Flávio Morais agora nos brinda com essas 30 histórias maravilhosas do apóstolo da caridade sertaneja, Padre Mestre cuja vida consagrou ao povo dos rincões nordestinos e vem, a cada momento, merecer biógrafos adequados que lhe mantêm a tradição de força espiritual através da qual exerceu missão religiosa de fina espiritualidade. São contos notáveis, práticas místicas que revelam a presença da força maior de Deus em várias demonstrações do quanto de virtude e bondade habitara consigo no decorrer da sua jornada neste chão carente de tanta penúria.

O autor elaborou, pois, compêndio da maior valia nos exemplos de coerência e brandura que obteve somar os principais acontecimentos gravados na alma do sertanejo no decorrer dos tempos, razão do prestígio inegável do religioso.

José Antônio Pereira Ibiapina nasceu em Sobral, Ceará, em 06 de agosto de 1805. Antes de chegar ao sacerdócio católico cumprira as funções de Chefe de Polícia, Juiz de Direito, Deputado Geral do Império e Advogado. Aos 46 anos, então, abraçaria a vocação religiosa que destinou ao culto de Nossa Senhora. O exercício da religião destinou a civilizar, ensinando práticas comunitárias consentâneas à mensagem cristã, adotando liderança constante na construção de igrejas, casas de caridade, cemitérios, hospitais, capelas, açudes, cacimbas e barragens, no que deixaria marcas profundas no hábito das famílias que amou tão ardorosamente.

Nesse meio tempo de dedicação fraterna, Ibiapina demonstrou o fervor da fé visto no poder testemunhado nos acontecidos consignados em forma de pequenas histórias, motivo da coletânea bem cuidada que neste momento veio a lume através das habilidades literárias de José Flávio Bezerra Morais.  

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Outro ano típico

Olhar o que passou no decorrer deste período anual deixa margem a muitas conclusões de preocupação. Isso tanto na vida nacional quanto no cenário mundial, ambos cheios de contradições e desprezo pela condição humana. Foram dias de investigar as contas das máquinas e somar indiciados com delações premiadas, queda de homens poderosos e suspeita acima de status no decorrer de todo o ano. A política deixa de ser mera máquina de manobras e passa a chão pegajoso, sujeito a revelar crimes inconfessáveis de grandes nomes que até hoje haviam mandado no palco das negociações milionárias com o erário público. O Brasil viveu fase atípica. De uma hora a outra tudo pode acontecer. Quem nunca vive as grades de uma prisão agora pode por de molho a barba, pois próceres importantes se veem detrás das sete chaves da Lei, a somar tentos de um Judiciário efetivo nas suas atitudes, esperança de milhões de brasileiros nesta fase da nossa história.

Já no panorama internacional, os titulares insistiram em domar pela força os mercados de capitais e prevaleceram da hegemonia nesse instante sob o risco de graves transformações na geopolítica mundial. O terrorismo de novo mostra a face cruel e ameaça a tranquilidade de ricas populações em países antes seguros e sólidos. O conflito de árabes e judeus, de preocupante memória, persiste a fazer vítimas e gerar pendências também fora das fronteiras da Ásia Menor. 

O clima, depois da corrupção, volta à tona qual fator de sobrevivência das espécies, dentre elas a dos seres humanos. Os estudiosos chegaram a cogitar de que a mão humana jamais abalaria a ordem do Planeta. Porém, na face das mudanças climáticas que avassalam temperaturas, o volume dos oceanos e o regime pluviométrico, ao que tudo indica, exigem providências urgentes e inevitáveis dos donos da riqueza. A utilização dos territórios e a produção de alimentos, além do uso monumental dos combustíveis fósseis, ocasionam conferências e tratados, longe no entanto da sinceridade das práticas corretas nas interpretações razoáveis.

Ainda que seja assim o quadro visto de mais um término das contagens anuais há que se sonhar diferente, menos cinza, mais cores vivas e sadias, porquanto as novas gerações carecem da coerência das sociedades, retrato da civilização que chegou ao novo milênio prenhe da vontade lúcida de cultura de verdades justas e sobranceiras. 

Sob o signo do amor maior de Jesus, sempre é momento de lucidez na necessidade de sermos um só rebanho e um só pastor, quando todos viveremos em Paz e construiremos mundo novo e feliz.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

No vão das almas sinceras

Essa necessidade intensa de querer paz nas consciências toca de ansiedade os milhões sem anistia espalhados pelo mundo. Migram, invadem supermercados, deslizam de prancha as águas do Pacífico e levantam cedo a fim de encher o bucho, na mágica do instante em muito falso território da propaganda política das lojas de pesticidas. Pisam maneiro o tapete do desejo de nutrir a fome de prazer nas costas alheias, tolos filhos doutras bestas. 

Isto que tal o retrato desses dramas humanos diários de planetas desabitados na personalidade das gentes acomodadas. Lama, muita lama, no entanto eficaz de produzir os assalariados que alimentam a história dos países. Andam hoje meio tontos de falar em crise, pois assim determinaram mercados internacionais. Enquanto a fome nunca deixou de vadiar nas atitudes morais das pessoas. Apostam nos riscos da miséria, querendo após fugir do que plantaram na senda e nos destinos. 

Houvesse outros estados de viver que não fosse este onde habitamos agora, poder-se-iam descrever novas possibilidades além dos limites rurais do cotidiano. Igualmente correm ao passado justificando horas melhores, elas, contudo, despareceram no campo da prova do rol das lutas. Impávidos, se tornam ao futuro distante das ficções, fora também de mostrar a face verdadeira que pudesse haver lá longe nos infinitos. Prudentes, reis erguem a taça e derramam vidas pelas bordas do despenhadeiro no dia seguinte.

De tanto falar em situações adversas, as massas correm risco de aceitar que perderam o prumo e baixam a cabeça às eleições de nomes que prometam mudar rumos da economia. Tudo mera conjectura de quem acredita possa transformar pedaços de chão em normas de vida social. Essa estória é antiga, meus irmãos.

Nisso, durante as épocas de mau gosto nas artes, sobretudo na música eletrônica agressiva pela qualidade do som jogado na cara dos populares sem resposta correspondente, e o trem avança às vezes num ritmo de frustação jamais imaginado. 

Pede, pois, o temporal das revelações que adotemos o conceito de aprender da gente mesma e refazer as paisagens que exigem transformação de dentro da própria pessoa humana, deixando de aceitas as balelas dos gramofones. 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Bem dentro de si

Agora e aqui neste lugar de mundo que as palavras podem descrever, no entanto pouco visitado por mim mesmo, há pássaros cantando de manhã ao sol, trinos distantes da música livre do silêncio pelo ar, som das esferas em movimento contínuo, vagando ajustadas ao eixo do Infinito. Sentidos alertas observam horas que passam céleres diante dos elementos empilhados rígidos à volta da paisagem espalhada na visão, durante o tempo que registra os pensamentos de um peito aflito de sentimentos indefinidos e tantas imperfeições flutuando pelo horizonte pleno de presenças da existência lá de fora da gente. Qual determinação que tem as forças desconhecidas, tange barco preenchido de tripulantes inúmeros no constante diálogo a determinar o roteiro dos destinos tantos imaginários, seres que cabem na palma de uma única mão, multidão inumerável, entretanto. 

Há nuvens de vontade que pede o bem qual escolha obstinada de organização do sentido desse projeto inteiro de ser que sou. Bate no teto da alma afirmação soberana, em ritmo de tocar adiante desejos intensos de buscar o jeito sadio de sobreviver sem desmanchar o amor incansável das cenas dos dias magistralmente traçados aos existentes, pegos na sensibilidade e conduzindo ao templo da permanência, qual menino encaminha cego através das veredas imensas da floresta das certezas. Passos tocam o solo sagrado deste chão, firmamento da orientação, plantando consciência quando valores vão e vêm a todo momento, inesperado das dobras que indicam claridade forte de luz intensa. Gosto de receber essas normas e chegar ao lugar certo até nele permanecer definitivamente, na sombra de árvore monumental e raízes fincadas no âmbito da Verdade imortal.

Conter, sim, a fome fácil dos prazeres e reclamar a atenção de achar disciplina nas escolhas doridas e solitárias, contudo necessárias e justas, de um código de honra a cumprir nas ações da existência. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Minha fé

Amor é um estado de alma. Uma entrega de nós com a gente mesma.

Ruim é se jogar em aventuras, ilusões, e ter que pagar a conta depois, os abusos, os desgastes, as doenças, as mágoas... Bom que seja aguardar, alimentar uma fé. Crer em Deus, minha amiga, crer de todo o coração. Existe, sim. Existe. Acredite em mim de todo ser. Deus é pura realidade. De uma hora a outra tudo pode mudar quando a gente não põe a perder. Alimente. Busque um amigo, uma amiga, que seja religioso no real sentido do termo, e se jogue de alma inteira no que estou lhe dizendo. Vai ter largas surpresas. Será o início de tudo que esperar com tanta vontade de ser feliz, de mudar a vida para melhor. Para o bem. Jamais se desespere; nunca se entregue, pois, ao desânimo. De uma tenho certeza, não é o pessimismo, nem a revolta, o que resolverá, que isso a ninguém agrada, nem à gente sequer.

Onde anda é que leva a isso. Busque outros lugares. Neste mundo há pessoas de bem. Só transa fica devendo muito aos propósitos de Deus aos homens. Existem as virtudes; não é só de instinto que se vive.

Seja leve consigo. Em nada alimente a paz de quem se revolta e nega a existência que levar. Erga os pensamentos. Reconstrua seu interior de outra forma.

A roupa quem saber é quem veste, por isso aproveite a vida que recebeu. Trabalhe seu eu, estude, viaje, faça amizades novas, seja simpática, agradável.

E dê uma tinta nova em sua vida.

Resta ser feliz do seu modo. Aceite a vida, que os dias se abrirão diferentes.

Gosto de ser gostado, mas invisto nisso minha vida. Se não gostam de mim não é problema meu.

Não bebo álcool, não uso droga, não alimento desgosto, nem tristeza...

Um caso raro de aceitação, ainda que nem sempre as situações me sejam favoráveis. Tenho meus achaques, minhas limitações pela vida... No entanto me acho feliz dentro do meu merecimento, do meu possível de ser aqui.

Mas estou de asas abertas pelos céus de minha imaginação, olhos fixos na paz que me espera, um dia, lá na frente, de braços abertos.

domingo, 3 de janeiro de 2016

O poder e o amor

Lá um dia Jesus resumiu toda a Lei e os profetas nesta afirmação: Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo, frase conhecida e repetida desde muito tempo.

Nisso, o amor prevalecerá acima de tudo. Sentimento pleno, ele constitui a base do Universo. Fator que agrega, conduz o fenômeno de toda existência e significa elemento essencial nas faces do destino da Criação. Daí a lucidez do resumo único do Mestre de Nazaré. Nada e ninguém ficam de fora do poder infinito do sentimento excelente e norma principal de tudo quanto há.

Na gente, sob o aspecto dos relacionamentos pessoais, primeiro, amar a Deus, origem e presença onde habitamos, e aonde chegar a imaginação, no mais distante dos mundos. Nós e o Cosmo, podemos dizer. Em seguida, o traço dos vínculos na sociedade; a gente e os demais agentes. O mundo e eu, função coletiva dos moradores do Planeta. O amor qual moeda de troca entre sentimentos comuns de muitos, e do crescimento físico, cultural, religioso, etc. Por fim, terceiro, o contato de nós com nós mesmos, no se amar sem, no entanto, ser egoísta. O comando de dentro, tribunal da individualidade. O que estou fazendo daquilo que permitem que faça?  

Amar, fonte de harmonia e evolução de toda esperança do melhor, o que até hoje alimenta de ânimo o procedimento das horas, durante os milênios sucessivos da História mãe. Solda de inúmeras peças visíveis e invisíveis, a criatura há de ser também ciente no decorrer das vidas, quando, e só então, chegará aos níveis bem superiores da compreensão. Sabedoria ilimitada, pois, o amor justifica a beleza, o riso, a limpeza das consciências, o sonho da felicidade, a Paz.

Nesse progresso de humanidade, chegaram revelações que pouco a pouco tocam os corações e definem os meios interiores de neutralizar a angústia, sarar as feridas e os vícios, e vencer o egoísmo. 

Fazes por ti que os céus te ajudarão, eis a máxima de vencer dificuldades e viver a plenitude. Descubra, igualmente, a importância dos sentimentos puros, e neles o Amor, princípio e objetivo de Um tudo, realizará o dever de estarmos aqui. 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Alegria de sonho

Leve, suave, sem chances de mudar jamais pois além das possibilidades possíveis das fragilidades deste chão, essa alegria de sonho que toca o coração da gente e mostra meios de chegar aos fins da madrugada de peito lavado. Alegria que já nasce avisando da singeleza de depois dos sonhos irreais do crivo racional que ficaram lá atrás. Direito enorme de probabilidades que vem puro das mãos do Criador, abençoada no perfume das florestas em flor, essa vontade qualificada que só indica felicidade. 


As crianças, por exemplo, agem livres das impurezas do cascalho, e elas falam nisso, da grandeza maior dos corações. Qualidade indizível das fotografias bonitas, o horizonte muda de cor ao sabor da verdade suprema, independente dos fatores materiais em queda. O sonho no sonho, a pureza dos sorrisos de quem ama sem o interesse apenas imediato da carne. 

Encontrar em si a origem do sentimento e produzir a satisfação de toda necessidade. Conhecer de dentro meandros e soluções imaginárias, rimas ricas de água pura. Aceitar assim o equilíbrio qual razão fundamental da existência e ouvir os pássaros das tardes mais silenciosas, mensageiros intermitentes de horas calmas e segredos azuis.

Sair daqui e correr léguas de achar parágrafos que ofereçam paz. Alimentar o sonhador em forma de seguidor do Bem, na entrega total a mundos transcendentais da vida, palmas abertas e almas que se aceitem criadas no projeto do bom viver. Caminhar confiante no destino que seguirá os surdos passos. 

Quantos disso ouvirão o decorrer das aventuras errantes do espírito através dos tempos, o Senhor saberá de tudo. Porém existirá sentimento puro no furor das tempestades que vasculham a história diante no caldeirão das almas mortas. E fugir sem ter aonde representará o clímax desse mistério.

Disso, dos sonhos resolvidos, serenos e definidores de opções de entrega ao tapete mágico dos filmes de final feliz, há um gosto inigualável dos alimentos sadios na paz inextinguível das emoções do movimento eterno.