domingo, 15 de março de 2020

Mais ou menos assim


... de querer viver de um jeito intensamente, a vida ganhar ânimo próprio e a tudo conduzir no ritmo de suas cogitações. Enquanto a gente, meros coadjuvantes da mesma vida, parceiros discretos dos acontecimentos, forçamos de furor intenso o amor sem tamanho. Quais acordes de música maravilhosa, vagamos nas ondas do silêncio na aceitação inevitável de sentir as passadas do tempo e nada poder fazer além de acatar meramente os trâmites da existência, leves e soltos no andamento da melodia inesquecível e dos corações em festa.


Seres vagando nas fibras do coração da Eternidade, o amor do Universo sinaliza seus acordes mistos de saudade e frenesi, nas malhas da certeza de tudo acontecer de acordo com os ditames do Destino. A liberdade impõe as ações de tanto sentimento, sonhos de viver ao sabor de poder infinito que determina e abraça os sentimentos, sem permitir variações fora do que nasce de dentro do Mistério.  

Destarte, sorte dos valores eternos, os dois jamais imaginariam participar de tão fabuloso épico regido nos amores de Ente sobrenatural que rir do desempenho de quanto amor que desenvolvem, na cena diante do espelho dos dias. 

Por isso, cientes de que há um compositor feliz dos destinos, sorriem de almas conscientes de serem instrumentos de tal realização de felicidade imortal, e abraçam de bom grado o desenrolar dos atos sucessivos, cúmplices dos Céus. Amar, conquanto a isto determinam os fatores invisíveis da Providência... 

Nessa hora, a paz da certeza envolve o futuro em constante elaboração diante das luzes da história dos humanos, perplexos de alegria sob a regência dos sonhos. Ultrapassou-se as marcas doloridas dos tangos de antigamente. Reunidos todos os pomos de amor definitivo de que sobrevirá só cores vivas e boas revelações.