sexta-feira, 24 de junho de 2016

Agora vamos agir

Aliás, praticar o tanto que já aprendemos de tudo fazer o que seja bom nesta vida. Todos de barriga cheia de conselhos e trabalhar o lado positivo dos movimentos de neste viver... E o que mais resta senão praticar intensamente tais caminhos... Largar de lado os hábitos nocivos de preguiça, fuxico, fofoca, acomodação, pessimismo, revolta, e contribuir na solução dos problemas em volta, desde os menores ao dispor dos pequenos atos, de mais perto, até chegar às macroestruturas universais da Salvação.

E nisso buscar o centro das respostas de que falam e a gente espera por vezes vir de fora, dos demais, enquanto esquecidos, ou indiferentes, à participação pessoal do exercício da cidadania, da reverência ao sagrado. Exercitar os músculos da decisão, dos propósitos guardados lá no fundo das gavetas do desejo, porém que precisam de atitude, botar decisão no peito e lançar no mercado as próprias ações. 

Saber que ninguém fica isento de responsabilidade quando foge das pelejas; saber e nada exercitar que mude isto também representa compromisso. Há um todo em movimento no tempo, no espaço, nas células do corpo, na energia que utilizamos, na história, investimentos da natureza que mostram as condições sob as quais essa função da existência impõe deveres inestimáveis. 

Seja onde seja, desde na política, à família, ao trabalho, ao estudo, os pés representam exercício a que cumprir, sem o mínimo de independência de que sonhávamos séculos atrás. A ausência de iniciativa, sentar nas praças horas e horas só pensando, imaginando, gastando a vida perante o tempo, guarda responsabilidade infinita com relação ao todo em andamento. 

Bem tal avaliação, de noticiar, neste comentário, as tramas do destino de ter de sair do chão e agir. Trabalhar, se trabalhar dentro do panorama dos dias. Ser, existir, persistir, transformar a matéria em essência principal no indivíduo consciente a que viemos neste lugar e neste momento. Aparentemente sem propósito, leve e suave, outras vezes denso e difícil, o acaso não existe. Quem existe somos nós, e precisamos dizer dentro de si o segredo da visão disso reconhecer. Agir, praticar a força viva através do querer, do compasso eterno da vontade e da virtude que recebemos em forma de pessoa que ora somos. Vamos sacudir o mundo!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Seu Bem Bem

Bem Bem era o jeito com que chamavam Benebien, um ancestral da família Linhares, de cuja descendência procedem  João Gomes de Matos, o Dr. Ribamar Cortez, que foi promotor em Crato, e Dr. José Ulisses, filho de uma trineta dele; e tantos outros da região do Cariri.

Foi estudar medicina no Recife, e lá também estudou música e aprendeu a tocar piano muito bem. Na capital de Pernambuco, uma filha de família nobre, sua colega, quis que lhe desse aulas de música. Nisso, surgiu relacionamento mais estreito, e tiveram um caso amoroso.

Quando o pai descobriu o relacionamento, Bem Bem teve que fugir às pressas do Recife no rumo de Exu, indo viver na Fazenda Maniçoba.

Ficou recluso nos matos; deixou crescer a barba, o cabelo; e ficou morando com um grande proprietário amigo do pai de Bárbara de Alencar, Luiz Pereira de Alencar.

Lá, certa vez, chegou um pessoal de fora na residência procurando o Seu Bem Bem, e ele começou a indagar desses estranhos qual o sentido daquela viagem. Os homens terminaram confessando que tinham ido à procura de Bem Bem, para matar, porque bulira com a filha de uma família importante e tinha que pagar por isso.

Então, ele chamou o pessoal a conversar. Assunto vai, assunto vem, terminou pagando o dobro do que eles iam receber, e podiam dizer que Bem Bem morrera, que nunca iria mais a Recife, e ninguém nunca ia saber disso. Assim Bem Bem continuou vivo no interior, onde constituiu numerosa família.

Naquela hora, ele argumentou demoradamente com os pretensos vingadores: Esse homem é uma pessoa tão boa... Auxilia os humildes. É amigo de todos. Que, inclusive, era amigo dele. Etc e tal. Era o pai da pobreza do sertão. Era quem resolvia tudo nas épocas de seca, dando de comer ao povo necessitado.

Com isso, os viajantes também ficaram impressionados com a fama de Bem Bem, e resolveram receber o dinheiro mais fácil e voltar a Recife, e dizer que Bem Bem fora, sim, eliminado conforme previsto.

Obs.: História que ouvi de Enrile Pinheiro, em Crato.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

O mundo interior

De tanto bater a cabeça nos escombros das gerações, certo dia descobrir alternativas de sobrevivência e presenciar por conta própria a razão de existir diante de todas as destruições que sempre caem aos nossos pés dia após dia. Há que mergulhar na essência do Si e somar razões de andar entregue às hostes deste mundo onde pisar histórias feitas de filmes nas paredes do firmamento. Desvendar a realidade que bate na nossa cara e justificar a ausência de respostas qual motivo de egoísmo e alienação a que muitos acham normal. 

Uns denominam Inconsciente essa distância oceânica de descobrir os sete mares. Põem longe, nas curvas do depois, quando nada mais houve que interesse aos apetites do prazer embriagador jogar nos nunca mais, nos jamais, nos monturos, a sede infinita de conhecer com sabedoria. Lançar longe de si as normas de explicar existências qual argumento de nascer, viver, morrer, e nascer de novo. Revelar a causa de tamanha sofisticação que somos.

Morava na Bahia e assisti peça com o título O que mantém o homem vivo. Que alegar a nós mesmos, nas madrugadas insones, que perpetue de verdade a espécie nas nossas veias que fogem apressadas. Que fazer do que resta fazer após alimentar os sistemas que nos dominaram até hoje. Algo assim de implicações existencialistas, tão no âmbito filosófico dos seres humanos que resolvem questionar de frente as razões de pensar, sentir, sonhar, estudar, construir e mostrar nos resultados o sabor da consciência enquanto circulava incoerente pelas correntezas do tempo e amava desejos de eternizar o momento das lamas do chão. Mergulhar de cabeça nas ondas tempestuosas da espiritualidade, embora ainda saboreando temperos fugidios da materialidade carnal.

E infinitas horas quer-se saber a quantas viver e ser, fora de só gastar a química da Terra na elaboração um projeto mais honroso de gente, matriz da dignidade de quem já controla os instintos e as posses, na gana firme de criar a verdadeira beleza.

Apreciar o justo que amena em forma das leis superiores que a tudo estabelece, exemplo de bem maior de perfeição à disposição dos que querer de bom aceitar a realeza divina a fluir na luz dos olhos.

domingo, 19 de junho de 2016

Nasrudin

Há um personagem da cultura árabe que reflete o lado espirituoso da vida, admirado pela forma non-sense com que encara diferentes situações desagradáveis, sem, contudo, jamais perder o bom humor, representando aspectos de sabedoria reverenciados pelo Sufismo, traço místico da religião islâmica.

Conhecido por Mullá Nasrudin, esse lendário mestre imortaliza-se através de anedotas transmitidas entre as lendas orientais. Surgiu do nada, qual nossos Pedro Malasartes e Camões, das histórias populares do Brasil. Preenche o espaço típico reservado ao coringa do baralho, representado na verve universal da imprevisibilidade, da ausência de compromisso à rigidez de caráter, saltando obstáculos com destreza extrema, em nome do bem-estar individual, dando-se ao luxo de pouco se apegar a dogmas intransponíveis ou princípios inquestionáveis.

Dentre os relatos preservados nessa tradição, protagonizados pelo irreverente Nasrudin, alguns sintetizam as suas mais diversas faces: a submissão à esposa e às autoridades, a flexão dos valores dados como certos pelos cânones sociais, o instinto de contestação aos hábitos seculares e a brejeirice prudente dos simples.

A propósito, certa vez, numa madrugada, quando retornava da farra com os amigos, via-se ele abaixado sob a luz de lampião, nas proximidades de casa, apalpando o chão à cata de alguma coisa perdida. Daí, alguém conhecido quis saber o que lhe detinha naquilo.

- Procuro a chave de minha casa – respondeu, levando o outro a auxiliar na tarefa.

Minutos depois, o parceiro insistiu: - Nasrudin, onde foi mesmo que caiu essa chave.

- Caiu bem ali atrás – retrucou. - Mas a claridade nesse ponto da rua oferece luminosidade para gente encontrar ela é aqui neste canto.

Enquanto, noutra ocasião, dono de espelunca de beira de estrada, o herói recebeu a caravana real que empreendia longa viagem. Nas reservas da despensa, havia algumas dúzias de ovos e um resto de farinha, alimentos que pôde oferecer aos hóspedes.

No momento de pagar, o rei questionou o preço astronômico da conta cobrada.

– Caros esses ovos, Nasrudin. Eles devem andar escassos nesta região – quis saber o monarca.

– Não são os ovos que andam escassos, não, Alteza. São as visitas reais que quase nunca aparecem nessas bandas.

E para completar tais exemplos, ao receber de um amigo a notícia de que seu burro havia desaparecido, Nasrudin logo se saiu a dizer:

– Ainda bem que eu não me achava montado nele, porque se não teria ido junto.

Com isso, percebe-se a identificação das atitudes paradoxais do célebre mestre em relação às de pessoas de outros lugares, nossas conhecidas, ricas em repentes e chistes, paisagens humanas eternizadas no folclore das mais ricas culturas.

A quem interessar, as Edições Dervish, do Rio de Janeiro RJ, mantêm no seu catálogo o livro Histórias de Nasrudin, classificado no índice de contos (literatura turca), e comenta: – Ninguém sabe ao certo quem foi ele, onde viveu e nem quando – se é que realmente existiu!

sábado, 18 de junho de 2016

O frio e a solidão

Nas madrugadas frias dos invernos intensos aumentam as saudades de quem ama por mais quentes sejam os cobertores. Nalgum lugar restou vontade imensa de querer o calor humano dos entes queridos, distantes ou próximos dali do lado. Soberana beleza das companhias agradáveis aquece não só o corpo, máxime o coração das pessoas. Isso em todas as relações apresenta essa cara parecida, desde entre seres primitivos até chegar nos bichos pensantes. Cerca daqui, atalha dali, e cresce a busca das companhias ideais, atividade quiçá impossível não fossem as parecenças dalgumas presenças que tocam a gente deixando marcas profundas de sentimento, doces projetos desfeitos ou continuados, porquanto o que somos mesmo é solidão ainda que a dois, ou multidões.

Porém ninguém que se preza nutre o desencanto das esperanças deste mundo em face um dia de achar a cara metade que lhe completará no frio dos invernos, mostra de alimentar o desejo de felicidade, satisfação no decorrer do tempo quando movemos as marcas desta matéria e deste chão. Olhares trocam probabilidades e os traços e planos envolvem cobertores aquecidos nas tais madrugadas de solidão.

Nesse passo a vida segue seu curso de realizações dos desejos, enquanto imperam os sonhos doutras formas de encontrar a perfeição. Primeiro pensar que o outro ou a outra seria de bom alvitre na concretização dos trabalhos individuais de viver. Lá depois se nota inevitável o regresso a si mesmo, onde haverá de reunir tudo que traga real certeza da vida imortal. De jeito nenhum a salvação é coletiva em um só momento. Um a um desvenda o mistério essencial na evolução por conta própria, eis a literatura principal. 

Nas noites frias dos invernos por isso aumenta de si a solidão, porta do segredo original das existências, e quando esfria o corpo cresce o valor de encontrar a resposta das limitações deste universo apenas físico. Daí ser enorme a responsabilidade dos sonhos e a necessidade do calor humano que temos e precisamos dividir com o próximo, parceiro de jornada, nesta escola de amor em que pisamos.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ponto de equilíbrio

Isto que há em nós, um ponto de equilíbrio interno a utilizar quaisquer circunstâncias vividas a qualquer tempo. Vezes sem conta os sistemas vivos exercitam essa capacidade principal de rever, por si, o funcionamento dos diversos componentes e estabelecer o tal ponto de equilíbrio original. Homeostase é o nome dessa função, ou função homeostática. 

Em tudo, e por isso, existe a tendência natural e objetiva do restabelecimento à normalidade, disposição necessária de prevenir a extinção aparentemente em vias de acontecer. Corresponde, pois, homeostase, ao mecanismo regulador dos sistemas vivos. 

Exemplo dessa capacidade reguladora acontece quando, em grandes altitudes, no ar rarefeito, a atividade respiratória das pessoas tende ser insuficiente. Ali, a tendência do organismo aumenta o ritmo da respiração e produz mais hemácias, que as lança na circulação sanguínea. Em tal providência, os indivíduos obtêm mais retenção da quantidade menor de oxigênio de que dispõe e reequilibra as funções do corpo.

Assim, pela homeostase, os sistemas abertos, principalmente dos seres vivos, conseguem outra vez equilíbrio interno e sobrevivem, se autorregulam.

As ocorrências também no universo das sociedades obedecem às mesmas leis, agora em estado coletivo, das disposições de funcionamento dos sistemas individuais. Perante crises advêm exercícios de regulação compatíveis aos desafios que se lhes apresentem. 

Ver-se-á na economia, na sociologia, na psicologia social, etc., respostas aparentemente imprevisíveis, no entanto urgentes, aos instantes críticos, o que sara diferenças intransponíveis na ordem geopolítica quais soluções inevitáveis e espontâneas, contudo nem sempre consideradas a priori. A História vive do que isto significa, demonstração cabal da lei da autorregulação da homeostase dos sistemas abertos. 

A civilização oferece provas imensas da busca do equilíbrio em tudo por tudo, todo tempo, até alguns chegarem a dizer que a história vive de crises, ou seja, sendo ela a própria crise em movimento perpétuo, a oferecer lições que perduram das infinitas experiências da sociedade, porém na firme certeza de que existe a atividade responsável, sempre, pelas saídas efetivas, na forma de regularidade e equilíbrio.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Um doido a menos

Lá numa manhã de séculos atrás, quando observava o azul claro do céu, imaginou ser possível auxiliar os vizinhos e demovê-los das tantas ideias fixas que perseguir a si mesmos, nas manias de perseguição e vícios que carregavam, desde a vaidade extrema de procurar beleza da natureza que já traziam consigo a utilizar, insistentemente, manias de fama e valentia. Isto uns, que, de tanto mexer nas marcas deixadas pelo nascimento nos seus corpos originais, rostos redondos, que queriam quadrados, a seios menores que os queriam maiores e mais vistosos, às nádegas, que as queriam duras a valer, e foram esquecendo as evidências com que vieram, e ficaram presos a desejos insanos. 


Uns passaram a engordar além da conta, ao ponto de ter de refazer as camas, as cadeiras, para lhes aguentar o peso; insatisfeitos com tamanhos cuidados, reclamavam de tudo, do gosto dos alimentos aos lugares de viver. 

Já não muito longe, os doidos eram um pouco diferentes. Eles ali queriam também muda o mundo, porém reclamando por mais fortuna, mais posses imensas que os pudessem elevar nos ares e tocar as estrelas. Dormiam isolados, cheios de pesadelos de fome e pobreza, desbulhando lágrimas de crocodilos de ainda precisar juntar muito até alimentar o poder além dos demais da conta. 

Andasse em frente, ao passar a cerca que encontrava com o rio em tempos de cheia, morava aquele senhora cercada de animais exóticos, ansiando dominar o mundo através das manadas e manadas de bichos que mandava trazer da outra banda do chão. Queria chefiar a qualquer custo, acima de tudo e de todos. Determinar as condições das chuvas, dos ventos; das luas, dos sóis. Houvesse gente impaciente diante das vozes da madrugada, estava bem na sua frente. 

E ele insistindo transformar aquelas pessoas; mostrar meios de equilíbrio das doses oferecidas nos quadrantes de tempo de cada um deles. Entretanto, acalma daqui, revira dali, esfria dacolá, e nunca obteve maior resultado nos esforços dispendidos. Via esperança, e não via, no entanto. Dizia que existem alternativas de cura e que o tempo é o senhor da razão, qual dissera Felipe Camarão, contudo os vizinhos, nem, nem, nada de conformação ou mudança substancial na existência diária.

Sabe o que se deu? Sim, mas que tem que responder sou eu que estou contando a história. Sabe o que se deu? Ele, o vizinho interessado em mudar o mundo, num dia acordou curado, esquecido de querer mudar as pessoas e o mundo em consequência. Se não acalmou vizinhos ensandecidos, acalmou a si próprio. Descobri, enfim, ser o doido a menos que enquanto isto pretendera. Enfim... 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O removedor de obstáculos

Eis o codinome de um deus da mitologia hindu, Ganesha, que se apresenta no corpo de homem, com quatro braços, e cabeça de elefante. Ele é o dono de instigante história que bem vale a pena conhecer:

No desenrolar dos acontecimentos universais, lá certo dia, Shiva decidiu cumprir longa excursão pelos seus domínios, deixando grávida a esposa, Parvati. Nessa viagem demorou ausente bom tempo, o suficiente a quando regressasse, e se aproximar de casa, avistar sua companheira abraçando carinhosamente um belo moço a quem demonstrava perfeita afeição em gestos de puro amor.

Sem maiores indagações, fruto da precipitação que lhe ocorreu ao transtorno dos sentimentos, Shiva avançou na direção do rapaz e, de chofre, lhe arrancou a cabeça em golpe ríspido e brutal. 

Ao presenciar, no entanto, a violenta atitude do marido, aturdida com o gesto irreversível, em prantos, Parvati recorreu logo a esclarecer a Shiva que esse de quem acabava de tirar a vida seria o próprio filho, que nascera durante sua ausência, ali já em idade adulta pela demora de regressar, causando nisso a profunda amargura do casal. 

Refeito do impacto que causara, apressado, o deus resolve procurar, a todo empenho, nos lugares em volta, a cabeça do filho, porém sem lograr êxito algum na empreitada. De tanta aflição e longe de resolver a dificuldade que criara e a dor intensa acarretada à deusa querida, decide substituir a cabeça removida do filho pela do primeiro animal que lhe apareceu à frente, um pequeno elefante que avistara por perto. 

E, ainda mais, disposto a compensar o estrago da reação brusca e impensada, oferece ao filho, de nome Ganesha, poderes inigualáveis entre tantos outros deuses, dentre eles o de removedor de obstáculos dos que recorressem a seus préstimos no caminho da realização espiritual, sendo, por isso, das mais queridas de todas as divindades do panteão hinduísta, também conhecido com o deus da Prosperidade.  

domingo, 12 de junho de 2016

O deus do Sol

No Peru, dentre resquícios valiosos do Império Inca que persistem, frutos da oralidade dos séculos, existe o mito original da existência da vida no planeta Terra, bem assim delineado:

Viracocha criara o mundo e sentira a necessidade de também criar os seres humanos. Isto faria utilizando o barro do chão, e os reservaria às cavernas. Um dia, eles saíram cá fora a ver a luz do mundo. Nessa mesma sequência de acontecimentos, Viracocha criaria o Sol, a Luz e as estrelas, utilizando para tanto das águas do Lago Titicaca. 

De todos os entes criados, no entanto, houve evidente destaque para o deus do Sol (Inti, na denominação da língua quíchua, adotadas pelos incas), a sua divindade maior.     

Segundo conta a tradição, em certo momento Viracocha mandara seus filhos Manco Cápac (deus do Sol) e Mama Quilla (deusa da Lua) à Terra, lugar, naquele tempo, tão só de escuridão e caos. Eram marido e mulher e aqui chegaram provenientes das profundas águas do Titicaca, indo depois ao vale do Rio Huatanay, situado a noroeste.

Naquele ponto, Manco Cápac, no uso de um cajado, fertilizou o solo, que apresentou condições de fertilidade e riqueza próprias à melhor agricultura, subsistência do povo, e alimentado pelas águas do degelo diário das neves da Cordilheira dos Andes, relevo responsável pela existência do vale dadivoso. Nas noites frias, o ar se condensava nos altos picos; cedo no dia, aos primeiros raios do Sol, desce em água límpida as encostas, refeita em rios caudalosos. Chamou o lugar de Cusco (umbigo do mundo) e o transformou num centro de religiosidade; ocupou o trono real e comandou o poder de todo o império, organizando a todos na rica e admirável cultura de que temos notícia. 

Nascia de tal maneira a civilização que ainda hoje existe, mesmo que aparentemente destroçada pelos espanhóis à cata dos tesouros em metais e pedras preciosas, transferidos ao peso das marcas traumáticas largadas nos rastros da história. 

Conforme as narrativas originais, a descendência dos soberanos incas guarda, pois, seu início neste primeiro rei, que um dia fundou o império e ensinou ciência aos primeiros homens. 

sábado, 11 de junho de 2016

Roteiro de felicidade

Acalmar os pensamentos e deixar fluir os sentimentos, pois não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe, diz a população. Pisar assim na leveza dos solos do possível, na coragem das nossas maiores resistências. Sonhar, sonhar e manter os pés na realidade, firmes no desejo sereno das esperanças nos dias em resultaremos proporcionais às nossas penas e aos nossos esforços soberanos diante da soberana existência. Superar as barreiras das dificuldades, na certeza maior de que todo obstáculo alimenta a resistência e permite a descoberta de novas visões dos tempos que hão de vir. 


Nesse mínimo de valores a sustentar o ânimo diante das tantas histórias que a vida oferece toda hora cabe sorve com humildade as determinações daquilo com que nos deparamos e crescer nas raízes deste chão de bênçãos aos nossos pés. Somar gravetos e ânimo ao sabor das circunstâncias; dar carinho invés de impor condições. Eliminar o lodo escuro das preocupações, porquanto infelicidade em nada acrescentaria aos planos de salvação deste Universo de absoluta perfeição. 

Juntar em nossos braços as cores vivas e os sabores doces da plena realização e do reconhecimento das heranças infinitas ao nosso dispor, desde existência, saúde, beleza, à presença de quem amamos independente de sermos amados. Sorrir qual sintoma de satisfação, plenos de fé e consciência, à medida das nossas intenções, escolher quais bons propósitos conduzem as próximas ações do mistério depositado nas nossas atitudes mais livres.

Isto de querer significa, pois, a própria definição do poder a que buscamos no decorrer das existências, quando chega o instante de aceitar, de braços abertos, a liberdade da tal justificação de todos nós e finalidade na concretização dos objetivos que construímos. Tais instrumentos da mais plena virtude, reunir forças de dominar as influências e os instintos que atrasem a jornada, e ouvir a voz dessa harmonia que orienta as engrenagens da mãe-Natureza bem ao lado da gente, numa só afinação. Abraçar de bom grado limpar a certeza que jamais deixa de andar aqui conosco, razão de transformar tudo na simplicidade e no pulsar do coração. 

sexta-feira, 10 de junho de 2016

A muçurana

Ainda menino, vivendo no Tatu, em Lavras da Mangabeira, lembro os cuidados de meu pai no trato com uma cobra-preta, uma muçurana, que aparecera nas imediações de nossa casa no sítio. Ele oferecia comida e lhe reservava espaço em pequeno barraco onde guardava cangalhas, selas, arreios dos animais. Quase sempre deixava um prato com leite e outros alimentos ao se alcance, a tendo como cobra amiga, em face de notícia que a gente conhecia de que era a muçurana que devorava as outras cobras e nem veneno possuía. Preta retinta, vi nalguns momentos deslizar pelo terreiro da casa sem ser molestada pelas pessoas.


Bem depois, já morando no Grangeiro, em Crato, certa noite avistei, na varanda de casa, um exemplar da mesma espécie (Cloelia cloelia), que ao sentir a nossa presença se retiraria para o mato. Dado saber de que se tratava, não esbocei qualquer reação de defesa. 

Segundo Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Mu%C3%A7urana), a muçurana foi catalogada pelo médico e cientista brasileiro Vital Brasil, que apresentou, em 1915, um filme de 1911, no qual uma muçurana brigava com uma jararaca. De acordo com a página da web, a cobra-preta, ou cobra-do-bem, é imune ao veneno de outros ofídios, inclusive destes se alimenta, estando, no entanto, vulnerável apenas ao veneno da cobra-coral.

Certa feita, ouvi de Dr. Jósio Araripe que seu pai, Antônio de Alencar Araripe, também mantivera nas proximidades de casa, na Fazenda Condado, de propriedade da família no Piauí, uma cobra-preta, a qual dedicava atenções nas horas vagas e fornecei mantimentos na intenção de mantê-la para afastar as outras cobras, que dela tinham medo. Dr. Antônio Araripe a denominava de Fideralina, em alusão à matriarca dos Augustos das Lavras. 

Nas poucas vezes quando citei a existência dessa espécie ofídica benigna raramente as pessoas dela demonstraram conhecimento. É uma espécie ofiófaga, isto é, que devora as outras cobras, de conformidade com a fonte acima enumerada. 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Um amor de saudade

Naquele tempo já havia o sonho dourado em andamento, de ficarem juntos. Alimentaram o gosto de amar, sob as condições do destino, entretanto. E o andamento da história mostrou foi separação fora de maiores explicações ou piedade. Afastados, o amor esvaiu, seguiu à busca de outros corações de novo entrelaçados, a dizer melhor dizendo o outro lado da possibilidade. 

Mas a noite em que ambos ali totalizaram os gestos de procurar num abraço a realização do desejo, nisso houve sucesso, deixando ali o lugar agora revisto das ânsias e suspiros no encontro dos dois corpos em um só. A suavidade guardada permanece até agora, quando estive nesse ponto exato do espaço, longe contudo no tempo.

Geraram o perfume de música no ar, sobreviventes na eternidade dos gestos que passam e resistem aos no entanto das circunstâncias pouco definitivas fixadas no íntimo de todos seres amantes. 

Acolá, pois, estiveram e unidos permanecem dentro da roupa dos sonhos maiores, formas vivas do que desaparece e encanta de repente as nuvens das fotografias nos fins de tarde, pejadas de tons laranja, envoltas no voo dos pássaros alegres e luzes imortais.

Só hoje ele sabe de verdade que amou e ela mora no dorso das ondas desse mar de consequências, sinais tatuados no sentimento das flores e nos rastros do que sempre haja amanhã que prolongue no fugidio e fixe moradas no solo da emoção. As letras e imagem assim deslizam faceiras por debaixo das portas da juventude daquela noite amiga. 

Ninguém morrerá jamais, nem o tempo transcorrerá seu curso, porquanto as doces caricias insistem de permanecer ativas no quadro das lembranças em pousos invioláveis, no blindado da alma da gente amante.

Quanto susto saber que o amor não morre mais e que as existências unidas com sinceridade têm poder de permanecer puras e brilhantes estrelas de recordações espalhadas pelo teto do firmamento, prazer inviolável dos amores que resistem ao desgaste do inexistente. Saudades e saudades do amor imortal circulará todo momento no calor das nossas almas, creiam, eu vi.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Música boa

A pauta está à disposição das pessoas, estas que compõem a música dos dias. Cabe a elas privilegiar os sentimentos e pensamentos agradáveis eternamente. Nunca deixar de lado o bom humor e viver disso. Trabalhar com satisfação os acontecimentos de todo dia e expandir luminosidade. Pensar nas surpresas gostosas que a vida oferece aos milhões. Compor a melodia feliz do fluir do tempo através das nossas mãos, junto de nós, ao nosso dispor a qualquer instante seja onde seja. Transformar as imprevisões em resultados positivos, favoráveis. Dizer palavras de energia renovada. Suprir de felicidade as paredes escuras que sujeitam interpelar os passos. Exercitar a inteligência emocional, qual dizem. Ser alegre, feliz, positivo.

Os artistas desse filme somos todos nós, independente do clima em volta. Nisso a possibilidade maior de construir a história que tantos desejam e há que se tocar adiante à medida das intenções por vezes tortas em que os equívocos do passado geraram. Existe, sim, um compromisso da gente com a gente mesma de reverter o quadro pecaminoso das desistências. Exercitar com vontade o princípio da liberdade e edificar sobre a rocha sonhos auspiciosos, quer queiram ou não queiram os amargurados, magoados, revoltados. Cabe à gente fecundar o solo fértil das esperanças de séculos inteiros largados ao vazio da ausência de animação neste mundo.

Dessa forma, reconsiderar as heranças das destruições e dos tristes. Trazer outra vez ao horizonte o sol de claridade; sua luz e sua força. Quando a prudência de existir tocar, por isso, a coragem de produzir saúde, a Natureza responde com imensa facilidade aos nossos apelos de paz e tranquilidade, oportunidades e salvação. 

Eis a música rica de tons, harmonia perfeita dos poemas da inspiração verdadeira de quem quer oferecer flores aos irmãos do Universo em festa perene. Tudo em sintonia com os olhos vivos da beleza em movimento diante dos céus. Ao ouvir, pois, as músicas que lhe toquem o coração, emocionem, maravilhem, revejam o direito que possui de compor suas próprias melodias felizes, que conduzam o ritmo das horas em suaves cadências e prontas realizações pessoais.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

A ditadura da informação

No Jornalismo, notícia é texto informativo de interesse público que narra os temas políticos, econômicos, culturais, sociais, culturais, etc.

Agora quase ninguém mais sabe o que é a realidade. A história virou mero boato perdido da boca e os ouvidos, trecho das ideologias ao cidadão comum. Os interesses prevalecentes dominaram o espaço da informação e o cidadão médio se tornou menos conhecedor das verdades sociais deste mundo do que mesmo os antigos viventes da Idade Média do tempo das fogueiras acesas da Inquisição. Oferecer créditos a quem quer que seja virou risco limitador das condições da vida em grupo. Isso nos tempos das guerras era normal, quando tudo virava versão dos jogadores do tabuleiro. Tudo mudaria ao sabor das consequências, conhecidas só bem lá depois das reações gerais dos combates. 

Qual diz a filosofia política, em segundos o quadro muda sem a participação direta da massa humana vagando entre o lar e o trabalho, no fito raso da sobrevivência. Sempre seria assim, no entanto, e raros questionam esse jeito da civilização, dada a impotência de transformar esse campo aberto das escolhas coletivas sob o comando de pequenas corporações. Ninguém traz estrela na testa, eis outro axioma por demais demonstrado no correr dos milênios através da política partidária. Apenas o tempo qualifica os senhores dos acontecimentos, contudo quando vêm os resultados das ações, e nunca mais.


Por isso, ideologia significa alienação oferecida em prato frio por meio dos veículos automotores da mídia contemporânea. Quaisquer opções guardam riscos de equívoco no que seja de interesse público. Atrás das divulgações impera as vagas intenção do jogo, longe dos modos de produção e sob as condições dos lucros de quem ocupa o trono.

Bom, em sendo de qual maneira, que sobra a nós, palhas ao vento, neste mar revolto das contradições sociais?! Existir e tornar a existência fator de revolução interior, a fim de oferecer liberdade em termos de coragem moral e ética, ser exemplo de urgência. Diversas as respostas, porém nalgumas a certeza de vencer o combate da mediocridade desonesta dos valetes que sugam os seres que a eles escravizam. Resta, sim, modificar a roda pensa e reverter o quadro até formar, nalguma dia, a nova consciência suficiente de criar outra e história para sempre sadia.

sábado, 4 de junho de 2016

O dom da alegria

Nalgumas pessoas isso prevalece quase o tempo todo, pronde vai levam consigo o desejo de fazer humor, brincar com as outras pessoas, buscar a leveza dos acontecimentos, livres de pensar só nas crises, nas cólicas, nos orçamentos, tristezas, contrariedades. Tocam a vida quais viessem cumprir um papel menos drástico do que o comum das criaturas humanas.

Mas isso representa minoria absoluta nesses astrais dagora, cheios das dificuldades industriais bem maiores do que as de antigamente, quando havia também, no entanto cada região com seus problemas, porquanto a divulgação demorava de chegar nos cantos do mundo. Agora a gente, na mesma hora, tem que dividir o gosto das usinas de mandar informação ao interesse dos grupos econômicos e políticos que as dominam.

O cidadão de hoje vive abaixo da linha do horizonte porque rende homenagem às modas do dia. Baixa a cabeça às determinações, invés de criar senso real da realidade. Sei que lhe pesa ter a força de vencer as influências, contudo precisa trabalhar o prazer de ser feliz, espécie de super-homem diário, por cima das circunstâncias, vencedor dos vilões e da depressão.

Nunca farmácias venderam tantos ansiolíticos, calmantes necessários de esconder a emoção afetada por debaixo das apreensões; e de normal o povo esquece a que veio, entregando o lombo ao sofrimento, medicado no entanto a troco de anestesiar sentimentos e tocar à frente o amor pela existência.

Os ensinos de Buda avaliaram esse estado daqui sem grandes interpretações. Respeitam as limitações da doença, da velhice e da morte, mostram, igualmente, que a dor da matéria e da temporalidade se pode dominar por meio da compaixão, da sabedoria e da prática da meditação. Através do esforço pessoal o homem pode afugentar a servidão do sofrimento. 

A alegria (ananda) significa, por isso, passo inicial e instrumento de pureza e renovação da vida neste chão.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Um aval solidário

Neste plano daqui do chão há justa identificação inevitável entre todos os seres presentes, desde as pedras aos gaviões. Ninguém que se preze não há de passar em brancas nuvens, porquanto existe o eixo principal dessa total identificação. Querer sair disso é o risco de cair na ilusão das ilusões e dormir sono absurdo às malhas do abandono. Todos somos partes do mesmo todo. Seria o que acima, no título, um aval solidário. De omissão ou comissão, cheques em branco ou em preto, elementos do mesmo universo das cores da natureza, vamos pendentes nos passos que levam a futuro incerto ou brilhante, no âmbito da ordem inevitável.

Querer fugir de tais propósitos até imaginar ser possível, vá em frente, porquanto imaginação vive disto, de render homenagem aos desejos de si própria. Contudo esbarra nos limites do infinito e cai sob o peso da ficção, pois somos peças de igual tabuleiro, pobres e ricos, viciados e santos, subalternos ou senhores, ovelhas do rebanho que só segue os trilhos das ordens superiores. Células do corpo da história. Tábuas da arca de Noé. Teclas dos pianos dos gênios, da política, dos mercados, tradições e lendas, suspiros das paixões esquecidas e atuais.

Bom, avalistas solidários, eis o que somos desse empréstimo que recebemos lá um dia das mãos calejadas do mistério. Nada sobrevive ausente da formação donde fazemos parte integral, seja agora e para sempre. 

Daí o senso da perfeição chegar às raias da emoção e envolver tudo no sentimento maior das alegrias, do amor de Deus, qual denominam os místicos, ou fixar os olhos nos tetos da mãe Eternidade através da memória das sombras que deslizam pelos crivos do calendário. Correr de quem e aonde? Esconder os quandos da morte espreiteira, instalada clandestinamente nas esperas do depois, seria viável? Enquanto que a consciência determina a libertação de achar o portal das virtudes pelos dias que correm céleres quais águas do Rio do Tempo e oferece todas as visões que necessitamos, no limbo frio dos seres bem antes só individuais.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A divina amizade

Nesse mundão de tantas contradições, sinceridade reclama espaço de participação. Uma vontade incontida cresce feitas ondas gigantes de querer impor transformação. São eles os sabores bons dos pratos do amor verdadeiro, dentre os quais a amizade, por exemplo, o sentimento que existe na inocência de duas crianças que descobrem a possibilidade infinita do respeito mútuo, da consideração, da real fidelidade, prisma superior dos ideais da imensa perfeição.

Amizade, amizade, quantos e quão poucos... Senso justo da medida dos sentimentos puros. 


No entanto se faz urgente o sentido da amizade, forma de salvar as condições possíveis deste chão de poucas estrelas. Atitude, providência das dobras do coração sem mácula, sem segundas intenções. Administrar os valores da pureza do ser... Revelar a si mesmo quanto de sabedoria perdura diante do instituto soberano da amizade, forma única de comparecer sem indiferença ao banquete dos deuses.

Superar as limitações dos argumentos e construir o edifício das certezas absolutas, qualidades inerentes ao princípio da amizade. E nisso, vencer-se-á milhões de pequenos gestos inúteis que custam viver e esquecer as insistências do que viver significa em termos de investimento universal da Criação e de toda existência. Prover, quais divindades, o fenômeno exato dos relacionamentos humanos cordiais. Transformar, aos moldes da determinação da Natureza, os elementos que convergem aos objetivos matemáticos das leis eternas, que a gente também envolve agora nas responsabilidades sagradas da sobrevivência, e contribuir no momento certo de nossas realizações pessoais aos direitos de ser amigo dos amigos, irmão de novos irmãos, com solidariedade.

Bom, liberdade impera na decisão de escolher a paz, trabalhar meios da cordialidade, aprimorar mútuos da voz harmoniosa do amor no seio da sociedade. E chances haverá de refazer a história dos sacrifícios das gerações sucessivas, quando somar emoção boa aos valores universais das criaturas, neste cipoal de tamanhas expectativas, exige amizade, o caminho da vontade que tudo pode quando assim decidir olhar o bem qual razão de acalmar a fome das guerreiras civilizações.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

A essência do ser

A essência de tudo é a consciência da gente, esse cristal amolado cá de dentro, pouco visto desde ali de fora, no entanto. Veja bem esta afirmação. Dissera Jesus: São deuses e não o sabeis. Dessa forma, haveremos de buscar bem nas cavernas das entranhas de nós a sonhada resposta da nossa paz, tão lembrada e tão pouco imaginada. Mergulhar na sua fé, no seu modo de ouvir a Deus, nas convicções principais, livre de pressões externas e com a alma livre, solta, verdadeira, disciplinada na intenção, indo desta maneira encontrar suas qualidades, as quais indicarão o caminho da Libertação. 


Qual constava do Oráculo de Delfos e assim falava Sócrates, descobrirás a Verdade e ela vos libertará. A alternativa ideal é esta, se ser autêntico, leal consigo, sem querer cobrir o sol com uma peneira. Limpar os olhos de ver, olhar com sinceridade, o valor do tempo azul do horizonte. Abrir ouvidos de ouvir. E, sobretudo amar a Verdade qual norma de sobrevivência do ser interno, de consciência independente das amarras desencontrada dos costumes nefastos que inventaram vitoriosos. Adotar postulados verdadeiros de buscar, meditar, olhar bem nas profundezas e vivenciar as normas de coerência e crescimento pessoal.

A persistência destarte conduzirá à vitória definitiva do ser. Ver como levar a sério o que estuda, e de certeza obterá sucesso naquilo que pretenda. Impera sem pressa nem fanatismo, qual receita de melhor desenvolver as pesquisas e reforça o conhecimento real.

Há muitos fatores. Às vezes ocupações, no meio de outros motivos. A paciência, no entanto, é a mãe da conformação. Nisso vá cuida de si, da alimentação, da casa, da roupa, da organização da vida, dos entes queridos, de nossos irmãos largados na estrada às vezes por gente parecida com a gente.

Descubra com força o valor de viver e respeitar as leis da Eternidade. Existe em tudo um propósito nas mãos de todos nós. Todo dia é luz acesa. Toda hora é agora, as pessoas vêm e vão, junto de nós, que permanecemos com a nossa busca incessante da felicidade.