Nesses tempos de pouca água nas torneiras e temperaturas ferventes no mundo aceso, mesmo quem antes nunca pensou em conservacionismo das coisas na Natureza, corre o risco sério de parar pensando nas conseqüências dos tantos e tantos séculos de abandono a que relegaram as fontes da vida na Terra.
São muitos para destruir e poucos
para plantar e construir, eis a verdade principal do nível de preocupação com
florestas, mares, rios, ar e animais, todos fixados em descobrir meios de
lucrar, no procedimento predatório herdado e multiplicado pelos senhores
coloniais.
Vive-se na atual geração o ponto
extremo da transição entre o homem extrativo e homem sustentável, fase por
demais periclitante, em que o menor deslize poderá colocar em xeque a natural
sobrevivência de todas as espécies.
As ações do Greenpeace, por
exempo, bem demonstram a conscientização desse grave momento, nas atitudes
reprovativas do que os mercenários da hora promovem nos mais diversos lugares.
Bem pensassem os líderes dos
países e os acontecimentos, por certo, estariam noutros patamares. No entanto,
seguem as políticas visando tão só frutos madeireiros de fria destruição de
florestas, estiolando solos milenares e sacrificando a fauna, em acelerada
devastação inconsequente, posições inclusive do Brasil atual.
Existem órgãos estruturados a
combater ditas ações, contudo a responsabilidade cabe a todos os segmentos da
população, através dos esperançosos conselhos municipais de meio ambiente, de
raro em raro funcionando a contento. A crise moral, que fere outras
instituições, fere sobremodo as causas da natureza, justificando no lucro a
fome de resultados nas balanças de pagamento dos juros externos.
Tarefa hercúlea conduzem esses
órgãos responsáveis pela preservação das fontes da vida em países atrasados, de
mentalidade mais atrasada ainda. Muito se fez até agora, e mais resta a fazer,
dagora em diante. Ninguém se diga indiferente aos modos de manter a qualquer
custo os nacos de mata virgem, água limpa e ar puro que restam em volta do
globo, a pretexto de nada lhe dizer respeito. A coisa chega de jeito radical
porque esqueceram de que o Planeta é ser vivo e merece cuidados imprescindíveis
aos que respiram e obedecem às idênticas leis universais dos sistemas integrados.
Cidades do Nordeste vivem hoje
dramas de rarificação de água potável impossíveis de imaginar poucas décadas
atrás. O São Francisco, denominado o rio da integração nacional, por percorrer
vários Estados, desde Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas, a Sergipe,
alimentando de iluminação e trabalho inúmeros rincões, vê-se minguado do quanto
desmataram nas suas origens, sem que houvesse medidas pertinentes a conter os
crimes cometidos a olhos vistos e discursos abertos.
Ainda existe tempo a providências
ao gosto de todos para se começar no intuito de conter a voracidade predadora
da humanidade que devorou as minas e o povo do continente africano, e cresce,
neste princípio de milênio, as garras metálicas contra as terras
latino-americanas, bola geopolítica do capitalismo faminto da vez. Só assim,
pois, descobria-se que tudo com tudo tem a haver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário