Os dias sempre isto apresentam nas lides deste mundo. Essa firme disposição dos seres humanos em querer predominar sobre as circunstâncias e os semelhantes, insistentes nas pretensões apenas individuais. Querer só a si e esquecer os outros, parceiros do mesmo ofício, no entanto. Certamente prisioneiros dos interesses particulares, arrodeados pelas consequências que as têm de padecer, queiram ou não, depois de tudo que produzirem de nefasto.
Isso vemos em torno, nos mínimos detalhes. A fim de surtir outro caldo que não esse, haveriam de exercitar o empenho de vencer as contradições que alimentam anos a fio. Vem de longe tais atitudes, lá de quando deixaram nas pedras os primeiros registros, guerra por cima de guerra. Formados os grupos, daí a competição, o desejo de domínio, de prevalecer a qualquer custo, bichos selvagens que demonstram ser, a ponto de a História apresentar nada além do relato cinzento das artimanhas de civilizações contra civilizações, ao mínimo pretexto.
O que causa maior espécie é o esforço de mostrar outra cara, a título de evolução, contudo longe, bem longe, do que querem ser de verdadeiro. Dia após dia, outras armas, outros argumentos de matar, destruir, acumular. Aonde botar a cara diante disso. O calendário da raça equivale às lutas das guerras de conquista. Destruição de culturas, arrogância e espoliação, qual se não houvesse grandeza no espírito dos líderes e das nações.
Eis um quadro por demais comum, e imaginar outras formas de viver parece demonstrar pouco interessante à maioria das gerações que se sucedem. Querer doutro jeito representaria alienação e fraqueza. Porém o sonho dos dias de Paz acabam sendo a única novidade válida durante todo tempo, conquanto a perfeição da Natureza insiste nesse lenitivo, enquanto houver ainda poucos que nisso alimentem a vontade otimista da Esperança nos momentos de harmonia e fraternidade.
O homem e suas viagens, restará mesmo para nós a dificílima e dangerossíma viagem de dominar a si. Boas palavras, amigo!
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