Na memória popular circulam muitas histórias a respeito da vida do santo católico São Benedito. Entre elas uma existe que corre mundo e fala da época quando o frade vivia num convento da Sicília, na Itália. Despenseiro do lugar, o responsável pelos mantimentos da comunidade, era característica marcante de sua pessoa usar da caridade para com os pobres da região com tamanha intensidade que preocupava os superiores.
Tipo que não sabia dizer não
perante a dor alheia, padecia ao ver alguém passar necessidade. Com aquilo,
talvez abusasse dos víveres que comandava e desfalcava a manutenção da ordem, chegavam
a pensar os irmãos.
O bom irmão, no entanto, sofria horrores
quando alguém, faminto, vinha pedir alimento, tratando de abrir as portas da
despensa, sobretudo aos mais desvalidos. Nunca sabia negar das provisões. Os
bocados que alimentariam o grupo deviam suprir a fome dos pedintes, conhecedores
dos sentimentos do religioso. Em conseqüência, buscavam-lhe sempre que a carência
se manifestava.
Devido a isso, o frade ficou sendo
vigiado na prodigalidade que exercitava.
Ainda assim, de modo clandestino,
Benedito trabalhava pelos aflitos, forçando o superior chamou o frade à
atenção, aconselhando-o a reduzir seu ímpeto, que moderasse os hábitos, porquanto
havia reclusos a reclamar pela qualidade do que ofereciam no horário das refeições.
Alguns se diziam fracos para cumprir os ofícios da irmandade, em face do
procedimento do ecônomo, ora do conhecimento de todos. Esse clima se estabeleceu,
portanto, aonde outros missionários lhe olhavam desconfiados.
No andar dos acontecimentos, lá
uma vez, na intenção de mitigar precisão de um pedinte que viera ao convento, Benedito
disfarçou certos víveres sobre as dobras do manto, a fim de nutrir o indigente.
- O que é que levas aí contigo, irmão
Benedito? – quis saber o superior, com quem se deparou de surpresa em um dos
sombrios e úmidos corredores da construção.
Flagrado em delito e no impacto da
situação, o frade apenas imaginou de responder que:
- São rosas, meu senhor! Rosas! –
enfatizando com largo sorriso as palavras, no propósito de cruzar o limite imposto
pela autoridade.
- Ah, rosas. Eu gosto de rosas.
Quero ver a qualidade dessas que levas junto do corpo com tanto carinho – pediu
insistente o companheiro.
Nervoso, por isso, sem qualquer outra
saída, Benedito descobrir os alimentos que transportava e no lugar deles apresentou
ao superior uma braçada de lindas e perfumadas flores.
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