As chances de transformar a realidade imperam bem na alma misteriosa das pessoas, porquanto outro motivo inexiste de reverter o quadro lá de fora sem que limpemos as lentes de ver e modificar a paisagem viva nas cavernas interiores de toda criatura pensante. Ninguém produzirá o que é bom usando matéria prima de terceira qualidade. Isto exige, portanto, atitude, providência de planejamento e prática no menor espaço de tempo imaginável, conquanto o mundo às vezes parece assim meio sem jeito quando seguimos as versões lançadas a rodo nos meios de comunicação de massa das eras atuais, receptores de tecnologia de ponta e conteúdo de baixíssima qualidade. Contemplam o instinto animal em detrimento da verdade espiritual. Enquanto isso, nós o que fazemos, onde estamos, como agimos? Seremos agentes de transformação positiva, ou meros latrinas dos empreendedores vorazes da miséria humana?
Desafios são jogados a todo dia em nossa cara, fazendo da coletividade fator de acomodação e desespero, alienação e abandonos de solidão, depressivos bonecos mecânicos autores comuns das telas de péssima qualidade que o mercado vende no maior dos descaramentos. A mediocridade desse período histórico grita seus palavrões e enlameia todo idealismo até hoje elaborado nas raias da civilização clássica. Qual houvesse dois mundos, no interior de um a ganância e no outro o desespero, a história arrastaria hoje o rebanho do desengano aos profundos da inutilidade, enquanto a Natureza segue seu compasso oferecendo meios de mudança e conquista aos atores no palco, que ainda lançam fora a herança dos próprios sonhos bons.
Mas falamos em sonhar, viver novos sonhos, rever os quadros que implantaram de atrasar a evolução aos olhos abobalhados de bilhões. Na margem que continua a existir de probabilidades, o isolamento da massa se tornará, decerto, fatal a médio prazo. Exigirá firmeza de ação o quanto antes, no sentido de responder às eternas perguntas da filosofia, donde viemos, o que estamos fazendo aqui e aonde vamos?
E no centro dessa bola, que vaga azul no Infinito, no mais íntimo do Ser que nós somos, seus habitantes, reside fértil o segredo de todas as revelações do futuro.
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