Caso essa força agressiva de corrigir o mundo nascendo do discurso que as nuvens formam na saída da fala deixasse de sofrer repressão, e o estrago aconteceria de demorar a limpar e ter de correr continentes escondidos nas montanhas do não aguentar os irmãos seres humanos nem sempre agradáveis, nem sempre sob as medidas de nossas vontades extremas.
Quais funcionários de uma aduana permanente na fronteira das criaturas, nesse processo de dominar o discurso da vontade das leis interiores, instrumentos em punho, os agentes examinam a mercadoria das falas, e o dizer fica meio que civilizado diante dos outros. Cativar, eis o verbo necessário. Quem quer ser bem tratado, que cuide de tratar bem os irmãos. Gerenciar a empresa da boa convivência, a frear instintos em nome de sentimentos, amor e compreensão.
Disséssemos tudo que aparecesse nas praias da vontade ferida, e as instituições pacificadoras que criaram os povos até hoje iriam precisar de muito mais papel, tinta, reuniões permanentes dos conselhos superiores. Isso por conta dos becos estreitos que a vaidade sujeita alimentar nas lanchonetes da história de nós pessoas. Razão, todos queremos ter. E como agravantes, existem ainda os caretas de plantão que gozam no sofrimento dos parceiros, os quais atiram no fogo à mínima sem cerimônia, prazer mórbido de jogar com o bem estar dos inocentes, nutrindo atitudes que, lá na frente, correm o risco de virar pedra de tropeço. Caiporas da sorte alheia, curtem o sabor amargurado de terceiros num jeito sadomasoquista digno de tratamentos de choque.
Bom, mas falamos de nós mesmos, seres sorridentes que percorrem a longa estrada entre o princípio e o fim da evolução, à busca de identificar no Universo sem final o lugar de paz e concórdia da morada dos deuses.
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