Há conto de Machado de Assis, A missa do galo, que reflete isso dessa vontade contida só nos de dentro exíguo do território mágico da saudade, sem percorrer a praia longa dos gozos e alegrias, origem de toda saudade dos amores, depois arquivada nos gavetões definitivos do coração, saciados ao toque físico e desenfreadas experiências, por exemplo, o que, no citado conto, deixa de ocorrer. Conquanto existente íntima probabilidade de dois vivos, pensantes, amarem, porém irrealizável na existência absoluta das horas, o que, caprichosamente, recusa receber plena a concretização.
Este espaço invisível do mundo emocional das criaturas que aceitam gestos mútuos porém lá certa vez decepa quaisquer inícios concretos, naquele instante de permitir a efetivação do plano comum. Argumento por melhor seja ele se transformar ineficaz dalguns merecerem livre trânsito do critério, nas tempestades frívolas do desejo.
Bom, muitos contam episódios assim semelhantes de voos interrompidos da esperança que, ausentes, sumiriam nas curvas da longa estrada de normas sociais ou circunstanciais, meros protagonistas de filmes improváveis, enredos imaginativos feitos na ausência prévia. Daí cogitação de denominar saudade ineficaz tais produções inacabadas. A força da vinculação amorosa deixaria de produzir resultados eficientes no painel dos relacionamentos, sem uma palavra sequer, um gesto de calor suficiente, ainda que reste no íntimo ser o fervor caloroso dos palcos e das vivências.
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