Admitir que a fé por si é o suficiente nas respostas da religiosidade aos desafios quero crer precisa de algumas avaliações, inclusive sob o crivo das palavras de Tiago 2-26: Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. De comum, pessoas chegam a exercitar o conceito de que pela entrega do querer espiritual convencem poder o que deseja só através da fé qual motivo principal da existência. E operam todos os efeitos dos milagres e das transformações adotando a fé como o guia nas condições da existência do mundo físico e moral. Razão de tudo e um tudo.
Ao lado disso, dessa confiança irrestrita no valor da fé acima das demais obediências, há, no entanto, que antes plantar o direito que postula por meio do agir movido pela prática do bem e do dever. Desde então adquirirá, isto sim, o mérito que a fé alimentará de receber o melhor. Noutras palavras, fornecerá ao Poder os lenitivos de promover o justo ao justo na forma dos desígnios.
Ainda que o desejo impere realizações, estas respondem submetidas a leis universais – ora na fase de descoberta e identificação pela ciência dos homens. A intensa vibração dos corações contritos exigirá, pois, bases sólidas às metas da necessidade, onde prevalece o merecimento, superior ao puro acaso da vontade individual.
Noutra citação bíblica relativa ao tema, Jesus diz: Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumpri-los - porquanto, em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão sem que tudo o que se acha na lei esteja perfeitamente cumprido, enquanto reste um único iota e um único ponto (Mateus 5, 17-18).
Nisso, a coerência dos princípios legais no fazer e no merecer, espécie de consequência natural das providências pessoais em movimento. A fé amenizará os instintos materialistas, contudo exigirá saldo positivo em termos de praticados, com o fim de a todos propiciar doces e saborosos frutos.
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